Imagens de televisão mostram feridos no ataque em Karbala
Pelo menos 120 pessoas foram mortas em ataques suicidas em duas cidades do Iraque nesta quinta-feira, dia de maior número de vítimas nesse tipo de atentado no país desde as eleições no mês passado.
A primeira explosão foi em um grande santuário xiita em Karbala, e matou pelo menos 50 pessoas, deixando 80 feridos.
Pouco depois, um ataque suicida em frente a um centro de recrutamento policial em Ramadi matou pelo menos 70 pessoas e feriu outras 70.
Em Bagdá, uma bomba à beira de uma rodovia matou cinco soldados americanos. A capital iraquiana também foi atingida por três carros-bomba.
Formação do governo
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, disse que estão errados aqueles que pensam que os ataques levam à divisão entre grupos religiosos do Iraque e desestabilizam o processo político.
"Esse grupos de terror não terão sucesso em afastar os iraquianos da tarefa de estabelecer um governo de unidade nacional com esse atos covardes", disse ele.
Partidos sunitas, xiitas e curdos estão em negociação para formar um governo de coalizão quando forem divulgado os resultados finais das eleições de 15 de dezembro.
O ataque em Ramadi foi às 10h55m no horário local (05h55m em Brasília), quando um homem se explodiu em meio a cerca de 1 mil pessoas que faziam fila para o recrutamento policial.
O capitão Jeffrey Pool, porta-voz dos militares americanos, disse que os recrutas que sobreviveram ao atentado mais tarde voltaram para a fila para continuar o processo.
A polícia iraquiana regularmente é usada como alvo de ataques de insurgentes e Ramadi é uma fortaleza dos rebeldes.
Números finais
Em Karbala, o homem bomba se explodiu às 10h (5h em Brasília) em uma área de pedestre muito movimentada que fica entre os santuários do Imã Hussein e do Imã Abbas.
A área é freqüentada por peregrinos e é possível que haja estrangeiros entre as vítimas.
A TV iraquiana mostrou partes de corpos e roupas rasgadas em poças de sangue.
Os sobreviventes foram evacuados em ambulâncias, carros e vans.
O porta voz da polícia, Raman Ashawi, disse que o número final de mortos ainda pode aumentar.
