Atirador de Hialeah que matou vizinhos estaria com raiva por causa de processo legal

Por Gazeta News

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Pouco a pouco, investigações começam a explicar os motivos que fizeram com que um cubano matasse e mantivesse seus vizinhos reféns em um complexo em Hialeah, na noite do dia 26. Pedro Alberto Vargas, que vivia com a mãe de 83 anos, matou seis vizinhos antes de ser morto pela polícia. Tudo começou quando os zeladores foram ao seu apartamento por causa de um incêndio e acabaram mortos a tiros. Vargas tentava queimar $10 mil dólares em dinheiro.

Horas antes, Vargas, de 42 anos, tinha ido até o escritório de um advogado em Kendall, que fez com que ele admitisse, três dias antes, que havia feito ameaças via e-mail a seus antigos colegas de trabalho.

“O incidente começou depois das 6:30pm locais do dia 26 e terminou às 2h30 da manhã do dia seguinte, quando uma equipe da unidade SWAT da polícia invadiu o edifício e entrou no apartamento, no qual o suspeito se encontrava com um casal de vizinhos como reféns”, indicou o sargento Eddie Rodríguez, porta-voz do Departamento de Polícia de Hialeah. Ameaças Vargas, que era designer gráfico, parecia temer as repercussões do testemunho que deu no dia 23 de julho, no escritório do doutor Castillo. Ele admitiu o envio de mensagens anônimas ao longo de vários meses, a partir de uma biblioteca em Hialeah, a vários funcionários do Bullet Line, onde ele trabalhou como designer gráfico temporário, de maio a outubro do ano passado, de acordo com Castillo. No dia 5 de outubro, Vargas foi desligado da empresa, pois não havia mais serviços para ele. Meses mais tarde, funcionários da empresa começam a receber mensagens de texto e e-mails de uma conta do Yahoo com mensagens maliciosas e ofensivas. Em dezembro, a empresa entrou com uma ação contra o Yahoo para tentar descobrir quem estava por trás dos e-mails. Foi através de rastreamentos que Vargas foi identificado como o autor dessas mensagens, de acordo com um comunicado de Castillo ao “Miami Herald”.

No início da semana passada, no escritório de Castillo, Vargas finalmente assumiu ter sido o autor das mensagens, prometendo que isso não aconteceria novamente.

A empresa não prosseguiu com nenhum processo contra o cubano, mas Vargas foi obrigado a escrever uma carta pedindo desculpas.  “Esta é a carta mais difícil que eu já escrevi”, escreveu Vargas no e-mail que enviou a Castillo horas mais tarde. “Sinto que lhe devo um pedido de desculpas pessoal por meus comentários insensíveis. Eu assumo toda a responsabilidade pelo que aconteceu”, escreveu ele. “A principal razão, eu creio, é que eu estava triste por parar de ver vocês, almoçar em sua empresa e não poder participar do novo local (a empresa se mudou para Hialeah depois que Vargas saiu de lá). Vocês podem não acreditar em mim, mas eu estou derramando lágrimas agora”.

Três dias após o depoimento, Vargas foi até o escritório de Castillo, dizendo ao secretário que queria falar com Castillo sobre o seu depoimento. Quando soube que o advogado estava fora do escritório, Vargas saiu sem deixar contato. Não está claro se ele já estava armado nesse momento.

De acordo com o “Miami Herald”, ainda não está claro porquê Vargas, na sequência da sua visita ao escritório de Castillo, colocou fogo no dinheiro. Acredita-se que ele suspeitava que iria perder dinheiro com o processo, embora Castillo tenha dito que o caso foi encerrado como pedido de desculpas de Vargas.