Uma ativista anti-imigração do Estado do Arizona foi condenada à pena de morte no dia 22 por assassinar dois membros de uma família de mexicanos, entre eles uma menina de 9 anos, em 2009.
Passaram-se apenas algumas horas até que o juiz proferisse a sentença, mas o juri disse a repórteres que a decisão pela pena de morte foi difícil, mas pareceu o mais justo. “Enquanto Shawna Forde admira a foto de seu novo neto, existe uma outra pessoa nessa equação que nunca terá essa oportunidade, e que nunca poderá usar seu primeiro salto-alto, ou passar pelo primeiro beijo”, disse a jurada Angela Thomas.
Shawna Forde, de 43 anos, é a líder do grupo Minutemen American Defense, cujos membros armados patrulham a fronteira dos Estados Unidos com o México para deter imigrantes ilegais.
Ela organizou e participou da invasão da casa do mexicano Raul Flores, 29 anos, para roubá-lo. No entanto, o assalto deu errado e Flores foi morto com um tiro, assim como sua filha de 9 anos, Brisenia.
A mãe da menina, Gina Gonzales, também levou um tiro, mas sobreviveu e identificou os assaltantes. Ela contou detalhes do que viu enquanto se fingia de morta durante o assalto. Forde foi condenada por assassinato em primeiro grau, tentativa de assassinato e roubo.
Durante o julgamento, o júri que condenou Forde ouviu que Brisenia Flores pediu que os assaltantes não atirassem nela, mas foi atingida com um tiro na cabeça. Forde e dois homens vestidos de policiais invadiram a casa da família Flores em Arivaca, que fica há 16 quilômetros ao norte da fronteira mexicana. Aparentemente, a mulher acreditava que encontraria drogas no local, e planejava vendê-las para financiar seu grupo.
Albert Robert Gaxiola e Jason Eugene Bush, apontados como cúmplices no assassinato, devem ir a julgamento ainda este ano. Segundo noticiários, as mortes chocaram muitas pessoas no Arizona, apesar do forte sentimento anti-imigração que existe na região.
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