Ator Hugh Grant diz que foi vítima de escutas ilegais em 2007

Por Gazeta News

Em um depoimento, o ator britânico Hugh Grant afirmou no dia 21 que acredita ter sido vítima de escutas ilegais por parte dos jornais “Daily Mail” e “Sunday Mail” - esta é a primeira vez que ele acusa um jornal que não pertença ao grupo News Corp., de propriedade do magnata das comunicações Rupert Murdoch.

Grant prestou depoimento em um inquérito público sobre a ética da mídia convocado pelo primeiro-ministro, David Cameron, após a ebulição do escândalo de escutas ilegais no Reino Unido que levou ao fechamento do jornal “News of the World”, o tabloide mais vendido do país e de propriedade da News Corp., em julho.

O ator afirmou que não consegue imaginar outro meio pelo qual os jornais do grupo Mail poderiam ter obtido informações para uma matéria de 2007 sobre o fato de seu relacionamento com Jemina Khamina ter sido abalado por conversas com uma mulher de “voz apetitosa”. A mulher foi identificada apenas como uma executiva de um estúdio cinematográfico.

Grant afirmou que esta mulher nunca existiu, mas disse que recebeu mensagens de uma assistente de um produtor amigo. “Ela deixava mensagens encantadoras e engraçadas (...) e tinha uma voz que só poderia ser descrita como apetitosa”. Ele já tinha saído vitorioso em um processo anterior por difamação contra o grupo Mail.

Questionado se tinha provas sobre a fonte da matéria, Grant afirmou que não possuía nenhuma prova concreta, mas desafiou os jornais a apresentarem a fonte. “Especulação? Certo. Mas eu adoraria escutar a explicação do “Daily Mail” ou do “Sunday Mail” sobre qual era a fonte da matéria se não foi um grampo telefônico”, disse Grant.

Além de Grant, outras personalidades como a atriz Sienna Miller e a escritora J.K. Rowling, autora dos livros da série Harry Potter, vão testemunhar sobre como foram seguidas, fotografadas e perturbadas por jornalistas de tabloides.