Marlene: Já morei ilegal nos EUA, tendo entrado com visto de turismo. Tive um filho aí e saí por vontade própria. Agora, estou tentando voltar para os EUA. Como tive meu visto negado, procurei me informar sobre como entrar pelo México e meu filho iria depois, já que tem passaporte americano. Acontece que na minha conversa com o atravessador, quando contei que tinha um filho americano de 14 anos, ele me falou que se eu atravessar a ponte e me entregar para a imigração, estando acompanhada do meu filho, posso ser beneficiada pelas leis americanas que protegem o menor de 16 anos, especialmente ele sendo americano. Ele me explicou que eu devo pedir para me apresentar na corte, e que eles iriam checar a legitimidade da documentação dele e o nosso parentesco (mãe e filho) e, se ele não tiver mais parente nos EUA, tendo checado isso, eles me liberariam com ele, sem pedido de fiança, e marcariam a corte. Ressaltando que ele permaneceria todo o tempo comigo. Disse que isso acontece em apenas três estados, mas claro, não me disse quais. Disse também que quando for a corte posso pedir permissão de trabalho para sustentar meu filho e o direito dele de viver no país que nasceu. Gostaria de saber se essas informações tem alguma veracidade.
Dra. Ingrid Domingues: Primeiro, as leis de imigração são federais, portanto, todos estados terão as mesmas leis de imigração. Segundo, nada do que ele lhe relatou é verdade. Voce não tem direito a permanecer nos EUA somente pelo o fato de ter um filho americano. Seu filho poderá iniciar uma petição em seu favor quando ele completar 21 anos. Não aconselho nenhuma pessoa a pagar coyotes e tentar entrar pela frontera – uma péssima ideia e totalmente contrário às leis de imigração. Esta pessoa desconhece as leis de imigração dos EUA.