Audiência de casal da Renascer é adiada pela segunda vez

Por Gazeta Admininstrator

Foi adiada pela segunda vez a audiência que decidiria sobre o indiciamento dos fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes. O caso, que deveria ser analisado pela Justiça americana nesta segunda-feira (29), foi transferido para o dia 6 de fevereiro, por pedido da advogada de defesa do casal, Susan Van Dusen, que pediu mais tempo para analisar as informações do caso.

Os Hernandes foram presos no dia 9 de janeiro, no aeroporto de Miami, quando tentavam entrar nos EUA com US$ 56,5 mil, tendo declarado apenas US$ 10 mil.

Inicialmente, Estevam e Sônia se apresentariam à Justiça Federal de Miami, nos Estados Unidos, no dia 24, às 13h (horário de Brasília, 10h no horário local). A data, no entanto, já havia sido modificada por pedido da promotoria.

Os dois estão atualmente em liberdade condicional - vigiada - em Boca Raton. Eles não podem sair da região sul do estado da Flórida e tiveram os passaportes retidos pelo governo.

Os brasileiros são acusados pelos crimes de “contrabando de divisas” e “não declaração” na alfândega. “Os réus são residentes permanentes nos EUA e, se condenados, serão extraditados após cumprirem sua pena de prisão nos EUA. Após esse período, eles retornariam ao Brasil para responder aos processos”, diz o texto do processo.

Pena nos EUA

Caso sejam condenados nos EUA, Sonia e Estevam terão, no entanto, de cumprir a pena de prisão no país antes de serem extraditados para o Brasil. No dia 22, o governo brasileiro entregou ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos o pedido de prisão, para fins de extradição.

A pena prevista é de até cinco anos, mas, na prática, os dois podem ficar presos por no máximo 21 meses, segundo explicação da advogada Lilly Ann Sanchez, criminalista especializada em imigração do escritório Fowler White Burnett.

Caso consigam comprovar que os US$ 56.467 que trouxeram para os EUA têm origem lícita, o casal pode se livrar da prisão.

Mesmo neste caso, no entanto, seriam extraditados para o Brasil e perderiam seus green cards (documento de residência permanente para estrangeiros nos EUA). Eles também correm o risco de não poderem mais entrar nos EUA nem como turistas, caso sejam julgados culpados.

Ficha policial

A polícia do condado de Palm Beach, na Flórida (EUA), divulgou em sua página na internet uma foto da fundadora da Igreja Renascer em Cristo, Sônia Hernandes, tirada no dia em que Sônia foi registrada no presídio feminino de West Palm Beach, no dia 16. A imagem foi publicada pelo G1 na terça-feira.

A divulgação do "mugshot", como são conhecidas as fotos que constam dos registros dos detidos nos Estados Unidos, é padrão no condado de Palm Beach, segundo informações do diretor de comunicação da delegacia, Paul Miller.