Aumento na conta de energia elétrica chega a quase 40%

Por Gazeta News

Brasileiros passam a pagar mais caro pelo consumo de energia elétrica desde a última segunda-feira, 2 de março. A média do aumento foi de 23,4%, mas chega a 39,5% em algumas cidades. Os novos valores fazem parte da revisão extraordinária aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a alta é de 28,7%, na média, 4,5 vezes maior que a aplicada para aqueles que vivem em estados do Norte e Nordeste, que é de 5,5%, também na média.

Ao todo, a Aneel autorizou o reajuste das tarifas de 58 das 63 distribuidoras de energia do país. Os cerca de 1,2 milhão de consumidores da AES Sul, que atende 118 cidades do Rio Grande do Sul, terão o maior reajuste, de 39,5%. Entre as maiores distribuidoras, os mais altos serão da Copel (36,4%), que atende a clientes no Paraná; da Celesc (36%, que atende Santa Catarina;  da Eletropaulo (31,9%), que atua em São Paulo; e da Cemig (28,8%), que atende a consumidores de Minas Gerais.

Em Santa Catarina, grupos de maior demanda, composto por indústrias com nível de tensão de 230 quilovolts (kV) ou mais, sofre o aumento de 44,50%. Aumento extra As revisões extraordinárias aprovadas no último dia 27 representam um aumento extra nas contas de luz, aplicado quando há risco de desequilíbrio nas contas das distribuidoras. Portanto, os consumidores podem esperar por nova alta em suas tarifas ao longo de 2015, pois a Aneel ainda deve autorizar o reajuste ordinário, aquele que já ocorre uma vez por ano.

A revisão aprovada vai permitir que as distribuidoras arrecadem, de imediato, recursos para cobrir custos com a compra de energia de Itaipu, novos contratos de suprimento de eletricidade firmados em leilões recentes, além de ações do governo financiadas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

A diferença nos reajustes, segundo a Aneel, ocorre porque os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste  terão mais custos para cobrir com essa revisão extraordinária. Pela regra, as distribuidoras deveriam bancar essas contas para, depois, serem ressarcidas no reajuste anual, mas elas alegam não ter recursos. Ou seja, essas despesas bilionárias já seriam repassadas aos consumidores mas, com a revisão extraordinária, isso ocorre antes. As informações são do “G1”.