Autoridades buscam advogado acusado de lesar imigrantes

Por Gazeta Admininstrator

Três meses depois de abrir uma ação judicial contra um advogado de imigração que teve a licença cassada, autoridades ainda não conseguiram encontrar nem ele nem nenhum indício de que tenha solicitado representação legal para defendê-lo na Corte Superior de San Francisco. O advogado Martin Guajardo é considerado “um dos predadores mais notórios de San Francisco” que lesou “milhares de clientes vulneráveis em milhões de dólares” ao longo de 35 anos.

“Fizemos vários esforços na tentativa de encontra-lo”, disse Joshua White, promotor público interino responsável pelo caso. “Pelo o que nós sabemos, ele saiu da cidade”, disse ao New York Times.

Enquanto isso, a esposa de Guajardo, Debra, vendeu 2 apartamentos que ela possuia em frente à Transamerica Pyramid, além do prédio no centro da cidade que abrigava o escritório do advogado cassado. As três propriedades juntas totalizam mais de US$ 7 milhões. Todos eles estavam à beira de serem confiscados por falta de pagamento.

Documentos públicos revelam que Guajardo não possui propriedades em seu nome na Califórnia. “Nós não achamos que isso seja coincidência”, disse Michael Aparício, advogado do escritório Orrick, Herrington & Sutcliffe, que representa gratuitamente os imigrantes que alegam terem sido lesados.

O Promotor Público Dennis Herrera, que apresentou a ação judicial, e a firma Orrick estão também acionando judicialmente Christopher Stender, um advogado de imigração sediado em San Diego que começou a trabalhar no escritório de Guajardo, depois que ele perdeu a licença em 2008. As ações alegam que ambos agiram juntos desde 2008 para lesar os imigrantes. Em 8 de fevereiro desse ano, Stender negou na justiça as acusações de lucrar ilegalmente com seus clientes. “Eu tenho uma boa reputação”, alegou.

Nos papéis da Corte, Stender disse que “seu relacionamento e trabalho” com Guajardo terminou no outono do ano passado, quando “foi informado que Guajardo havia se separado de sua esposa e deixado San Francisco em 12 de outubro de 2010”. Stender continua a praticar advocacia na cidade.

Em 3 de fevereiro, uma ação judicial incluiu Debra, sob a alegação de que ela “se beneficiou financeiramente” dos esquemas e fraudes de Guajardo, resultando no acúmulo de vários imóveis. A ação também incluiu os dois filhos adultos do casal, Alexis e Dulcinea, pois ambos trabalharam na empresa do pai.

A residência da família também está em nome de Debra, entretanto, não foi posta à venda. Após tentar contatar Guajardo através de telefone, a equipe de reportagem do diário The New York Times foi pessoalmente ao local. No interior, as luzes estavam acesas, mas ninguém atendeu a porta.

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