Autoridades do México lamenta execução de cidadão mexicano nos EUA.

Por Gazeta Admininstrator

As autoridades mexicanas publicaram nota onde lamenta a execução por injeção letal do mexicano Ángel Maturino Reséndiz, 46, na prisão de Hunstville que fica no Estado do Texas.

Maturino Reséndiz, foi condenado à morte em 2000 pelo assassinato de uma médica há quase oito anos. Sua execução foi realizada nesta terça-feira (27) "apesar da evidência médica sobre severos transtornos mentais que, em princípio, deveria excluir o prisioneiro da aplicação da pena", disse a chancelaria do México.

Em 21 de junho, Reséndiz foi declarado mentalmente capacitado para ser executado. A defesa e a chancelaria entraram com recursos nos tribunais, "que foram sistematicamente desprezados, mantendo o mandato de execução", acrescentou.

A chancelaria disse que apresentou à Corte Suprema de Justiça dos Estados Unidos um recurso final de revisão e suspensão, que foi rejeitado. O governo mexicano manteve sua "absoluta oposição à pena de morte".

Reséndiz era um imigrante ilegal, chamado nos EUA de "assassino da ferrovia", por usar trens de carga como meio de transporte. Ele foi condenado pelo assassinato da médica Claudia Benton, 39, e era acusado de outros 15 homicídios cometidos em vários estados dos EUA entre 1998 e 1999, sempre próximos a estações de trem.

"Eu mereço"

"Eu mereço o que estou recebendo", disse Reséndiz pouco antes da execução. Olhando para parentes de suas vítimas através de uma janela, ele perguntou se poderiam perdoá-lo. "Vocês não têm de me perdoar. Eu sei que permiti ao diabo que guiasse minha vida", afirmou.

O marido de Benton, que testemunhou a execução, não se comoveu. Ele disse que o mexicano não era humano. "O que foi executado hoje podia parecer um homem, andar e falar como um homem, mas o que continha dentro de sua pele não era um ser humano", afirmou George Benton. Para ele, Reséndiz era "o mal em forma de gente, uma criatura sem alma, sem consciência, sem noção de remorso e nem respeito pela santidade da vida humana".

A execução de Reséndiz foi a 13ª neste ano no Texas, o mais ativo na aplicação da pena capital nos EUA.

O Estado do Tennessee prepara-se para fazer a segunda execução em 45 anos, de um homem acusado de estupro e assassinato. A última execução do Estado ocorreu em 2000 e, antes disso, em 1960.