Autoridades norte-americanas querem respostas Coréia do Norte quanto ao lançamento de misseis próximo ao Japão.

Por Gazeta Admininstrator

O embaixador norte-americano na Organização das Nações Unidas, John Bolton, pediu uma forte reação da entidade quanto aos testes de mísseis da Coréia do Norte.

Ao sair da reunião, Bolton disse ao canal de TV CNN que nenhum dos membros do Conselho de Segurança defendeu a atitude da Coréia do Norte e disse que houve apoio ao seu pedido.

“Espero que o Conselho dê um sinal unânime e forte para um ato inaceitável”, dissera Bolton antes da reunião

Logo depois, todos os membros do conselho expressaram preocupação com o comportamento norte-coreano.

A Coréia do Norte realizou testes com mísseis de longa distância que, de acordo com autoridades norte-americanas, caíram pouco depois de seus lançamentos.

Resposta ao EUA

O lançamento foi uma “provocação”, de acordo com os Estados Unidos, e o Japão já anunciou que deve adotar sanções econômicas contra o governo norte-coreano.

Tóquio, capital do Japão, seria tranquilamente atingida por eventuais ataques da Coréia do Norte e o estado norte-americano do Alasca também pode ser alcançado.

O premiê japonês, Junichiro Koizumi, afirmou que a Coréia do Norte não ganhou nada com os testes e exortou o diálogo para a resolução da crise.

A China também expressou profunda preocupação, por meio de seu embaixador Wang Guangya.

Guangya afirmou que o teste era “lamentável” e que seu país apoiará medidas a serem tomadas pelo Conselho, ainda que não tenha precisado quais seriam.

Militares do Japão e da Coréia do Sul entraram em estado de alerta, e as ações nas Bolsas de Valores dos dois países sofreram quedas.

Soberania

A reação da comunidade internacional não intimidou a Coréia do Norte, que disse entender que os testes são uma questão de soberania nacional, segundo a imprensa do Japão.

O correspondente da BBC em Seul Charles Scanlon disse que o governo de Pyongyang (capital da Coréia do Norte) tem se sentido ignorado e sob pressão nos últimos meses, com a recusa americana em negociar suas exigências em relação a armamento nuclear.

Os Estados Unidos responderam que a questão não é entre os dois países e que não permitiria que a Coréia do Norte fizesse a questão um assunto bilateral.

O porta-voz da Casa Branca disse que o ponto-chave é fazer os norte-coreanos retornarem às conversações multilaterais.

De acordo com especialistas, os testes diminuem muito as possibilidades de reinício das negociações.