Ayrton Senna: 12 anos de saudades.

Por Gazeta Admininstrator

Já se vão 12 anos desde o dia em que o Brasil e o mundo perdiam um dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos: Ayrton Senna da Silva. O piloto e ídolo brasileiro perdeu a vida em um acidente na curva no Grande Prêmio de San Marino de 94, ao se acidentar na 6ª volta, quando liderava a corrida à frente do alemão Michael Schumacher, na famigerada curva Tamburello.
Senna viveu apenas 34 anos.

Nesse mesmo trágico final de semana, a Fórmula 1 também foi marcada pela morte do austríaco Roland Ratzenberger. Fato que na ocasião levou Senna a pedir uma bandeira austríaca para correr no final de semana e levantar, caso comemorasse a vitória em uma corrida que nunca chegou ao fim. Durante o Grand Prix outros acidentes ocorreram com Rubens Barrichello e do português Pedro Lamy.

Foi a última morte registrada na Fórmula 1, que desde então tem dedicado grande parte de seus esforços à segurança. Antes dos acidentes fatais de 94, a F-1 não perdia pilotos desde 86, quando o italiano Elio de Angelis se acidentou em treinos particulares à bordo de uma Brabham. Curiosamente, De Angelis e Senna haviam sido companheiros de equipe na Lotus, em 85.

Marcas

Senna foi tri-campeão mundial (88, 90 e 91). Deixou o legado do instituto que leva seu nome, ainda deixou inúmeras marcas para a Fórmula 1. Entre elas, destaque-se as 264 voltas consecutivas que permaneceu na liderança de Grandes Prêmios (segunda melhor marca, atrás somente das 305 de Alberto Ascari), os 614 pontos, os 80 pódios, as 65 pole positions (marca somente batida por Michael Schumacher no último grande prêmio, exatamente em Ímola), 41 vitórias, 161 GPs disputados, 19 voltas mais rápidas e sete hat tricks (vitória, pole e volta mais rápida no mesmo final de semana).

Ayrton Senna teria hoje 46 anos. Pilotou pelas escuderias Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Entre 84 e 94, correu ao lado de grandes nomes do automobilismo mundial, como Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet, Ricardo Patrese e Gerhard Berger.

Tese de mestrado

Recentemente, o piloto brasileiro passou a ser fonte para tema acadêmico, servindo de inspiração e análises para tese de mestrado. A dissertação “Ayrton Senna e o Jornalismo Esportivo” foi apresentada na última semana na ECA-USP pelo jornalista Rodrigo França, sob orientação do professor Luiz Fernando Santoro.

O nome do clã Senna hoje é levado por Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, que compete na Fórmula 3 inglesa. Lá, tio teve sucesso e era curiosamente chamado de “Harry” Senna pelos mecânicos, que não conseguiam pronunciar “Ayrton”.