Azul adia expansão para Nova York para atender demanda de voos para a Flórida

Por Gazeta News

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A empresa aérea Azul SA anunciou que adiará sua expansão para Nova York para adicionar novos voos para a Flórida.

“A Flórida está indo excepcionalmente bem”, disse Gianfranco Panda Beting, diretor de comunicação, marca e cultura da Azul, comandada pelo fundador da JetBlue Airways Corp., David Neeleman. “É uma combinação de ter um bom produto, preços atraentes e uma rede única no Brasil”.

Dois jatos arrendados A330-200, da Airbus Group NV, que serão entregues à empresa de capital fechado Azul em maio, atenderão Orlando e Fort Lauderdale, na Flórida, em vez de irem para Nova York, de acordo com a companhia aérea, que tem quatro aviões grandes já em uso. O serviço de Nova York ainda vai começar este ano, disse Beting.

A Azul, criada por Neeleman em 2008, após sua saída da JetBlue, está se expandindo a partir de suas raízes de operadora de voos a cidades pequenas.

Com mais de 100 destinos domésticos, cerca de duas vezes mais que as rivais locais, a Azul busca canalizar passageiros de todo o Brasil para o serviço internacional iniciado em dezembro de 2014 com voos à Flórida.

Em janeiro, mês típico de pico em viagens de verão no Brasil, a Azul, com sede em Barueri, ocupou 90% de seus assentos para Orlando e Fort Lauderdale com passageiros pagantes. A fatia superou as dos voos internacionais da Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA e da TAM, unidade da Latam Airlines Group SA, que foram de 77% e 86%, respectivamente, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

O crescimento potencial do Brasil em viagens aéreas é maior do que em mercados maduros e isso é parte do sucesso dos voos da Azul no exterior, disse Beting no dia 16 de março.

A JetBlue, com sede em Nova York, que começou a voar em 2000, também iniciou com um foco doméstico antes de adicionar voos ao Caribe, América Central e América do Sul.

Dados Cerca de 19 milhões de passageiros pagantes do Brasil voaram para o exterior em 2013, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), reguladora do setor.

O real teve uma desvalorização de 18% em relação ao dólar neste ano até o dia 17, fazendo os brasileiros pensarem duas vezes antes de viajar para o exterior, disse Beting.

A Azul se beneficia do fato de ser apenas a segunda empresa aérea com voos diretos entre São Paulo e Orlando, um dos principais destinos para brasileiros.

“Estamos entrando na baixa temporada agora, então é improvável conseguir manter os números elevados de janeiro”, disse Beting. “Mas ainda achamos que nós vamos ter números saudáveis”. Fonte: Exame.