Baiana é condenada a 19 anos por matar, esquartejar e cozinhar o corpo do marido

Por Gazeta Admininstrator

A dona-de-casa Rosanita Nery dos Santos, de 47 anos, foi condenada a 19 anos de prisão, por um juri popular, no Tribunal de Justiça de Salvador, por ter assassinado, esquartejado e fritado o corpo do marido, o tenente reformado da Polícia Militar, José Raimundo dos Santos, de 52 anos. Os dois foram casados durante 28 anos, e tinham cinco filhos.

Rosanita, que partiu o corpo do marido em 94 pedaços, foi considerada culpada por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, por seis dos sete integrantes do júri. Segundo a promotoria, a mulher dopou o marido e o matou a facadas.

"Por não ter nenhuma dúvida quanto à autoria do crime, o júri aceitou todas as acusações e as provas dos promotores", afirmou Armênia Cristina Santos, promotora da Procuradoria na Bahia e responsável pela acusação.

Rosanita terá que cumprir em regime fechado.

O crime aconteceu em 23 de junho de 2005, no município de Vale do Ogunjá. Os restos da vítima foram achados pela Polícia debaixo de uma escada na casa da família.

Em algumas partes do processo o homicídio foi atribuído a um ritual de magia negra. Mas o motivo do crime nunca foi esclarecido. A condenada, que sempre negou as acusações, não se pronunciou a respeito.

Durante a audiência final, ela disse que seu marido foi assassinado por dois homens encapuzados que invadiram a casa.

Bernardette Soares de Sousa, de 63 anos, tia do militar, afirmou que ele era contrário às práticas de feitiçaria da mulher e à influência que ela sofria por parte dos líderes do terreiro de Candomblé que frequentava e, que, por causa disso, o casal discutia frequentemente. Um dia, perdendo a paciência, Raimundo chegou a invadir o local durante um culto e arrancou a mulher de lá à força.

Revoltada com a intromissão, a mãe-de-santo (líder espiritual) teria então ordenado a Rosanita que lhe levasse o coração de Raimundo para aplacar a ira dos espíritos.