Baiano dá conselhos para a seleção

Por Gazeta Admininstrator

Poucos jogadores foram tão afetados pela prisão de Desábato, do Quilmes, por ofensas racistas a Grafite, quanto o lateral Baiano. O ex-jogador do Palmeiras - negro e que defende o Boca Juniors - admite que sua relação com as torcidas adversárias na Argentina mudou nos últimos meses.

"Agora onde quer que eu jogue, as torcidas rivais me provocam. Me chamam de ‘hermano de Grafite’ e dizem que vão me dar o mesmo tratamento que o ‘irmão Desábato’ recebeu no Brasil", contou Baiano. "Mas não sofri agressão física. Só alguns copos atirados no campo."

Baiano aproveitou a presença da seleção brasileira em Buenos Aires para visitar velhos amigos como Gilberto Silva, Marcos, Dida e Cafu. E, como conhecedor do atual futebol argentino, deu conselhos. "O Brasil deve usar o que tem de melhor: atacar sempre, porque o time da Argentina é muito compacto."

Segundo o lateral, outro ponto forte do adversário é o goleiro ‘Pato’ Abbondanzieri, seu companheiro de Boca Juniors. "Ele é muito, mas muito bom goleiro. Se eu fosse dar um conselho seria para tentar driblá-lo ou o Roberto Carlos tentar um ‘canudo’ de longe."

Outra dica de Baiano: cuidado com o volante Lucho Gonzalez, do River Plate. "É bom a seleção não olhar só para o Crespo e o Sorín", avisou. "O Lucho desarma bem, toca bem e também sabe sair para o gol. Nos jogos contra o River aqui, deu muito trabalho."

Baiano confia em vitória brasileira. "Apostei caixa de alfajores com cinco jogadores do Boca, inclusive o Pato", revelou. "Disse para ele que o Brasil vai ganhar por 3 a 1. Se eu ganhar as apostas, vou ter alfajores para dar de presente para um monte de amigos brasileiros."