Banco do Brasil registra lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre.

Por Gazeta Admininstrator

O Banco do Brasil lucrou R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre de 2006, com crescimento de 96,5% em relação aos R$ 2 bilhões contabilizados em igual período do ano passado, e de 78,8% sobre o lucro do semestre anterior.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (14) pelo presidente da instituição, Rossano Maranhão, e indicam que esse resultado corresponde a retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado de 47,8%. Isso permitiu ao banco pagar R$ 4,71 de lucro por ação; quase o dobro dos R$ 2,48 pagos no primeiro semestre de 2005.

No semestre, o BB destinou R$ 1,6 bilhão de rendimentos aos acionistas, dos quais R$ 862 milhões como dividendos e R$ 693 milhões na forma de juros sobre capital próprio.

O lucro reflete o desempenho do banco em itens como receitas de intermediação financeira e receitas com operações de crédito, que somaram R$ 18,4 bilhões e R$ 10,4 bilhões, respectivamente, com crescimentos de 15,3% e 12,8% na comparação com o período janeiro-junho de 2005.

A forte expansão do crédito para pessoas físicas explica parte do crescimento, uma vez que responderam por 56,6% das receitas de intermediação financeira.

O resultado com títulos e a cobrança de tarifas por serviços também contribuíram para o lucro. O BB contabilizou R$ 6,8 bilhões em títulos no semestre, com crescimento de 13,1% devido à intensificação em operações compromissadas.

Já as receitas com tarifas atingiram R$ 4,3 bilhões no semestre, com aumento de 17,7% sobre o primeiro semestre de 2005. Esse desempenho ficou em linha com a ampliação da base de clientes em 1,8 milhão de novos correntistas e expansão do volume de recursos administrados em R$ 26,4 bilhões (+18,2%) no período de 12 meses.

As despesas administrativas somaram R$ 6,7 bilhões no semestre, com queda de 2,3% em relação ao segundo semestre de 2005, demonstrando o rígido controle de custos implementado pela diretoria no período. Em relação ao 1º semestre de 2005 as despesas aumentaram 6,2%, em linha com o aumento salarial de 6% concedido no ano passado e com a inflação do período.

O lucro do Banco do Brasil também foi impulsionado pela receita de R$ 1,5 bilhão da ativação de créditos tributários no primeiro trimestre de 2006, referentes a períodos anteriores, e pela receita de R$ 880 milhões do acordo realizado com entidades sindicais sobre a utilização do Fundo Paridade Previ.

Agência Brasil