Bancos fazem de tudo para conseguir novos depósitos

Por Gazeta Admininstrator

Em meio ao abalo financeiro pelo qual passa a economia norte-americana, instituições bancárias do Sul da Flórida estão tentando competir oferecendo margens mais altas em certificados de depósitos bancários e nas chamadas contas de “money-market” (contas remuneradas). Outros, estão tentando garantir seus clientes pela segurança.

Os alvos são não apenas os a-tuais clientes. Há também quem tente seduzir clientes daqueles bancos incorporados por grandes grupos.
A crise de crédito, causada pelo desmantelamento do mercado imobilário, aumentou a disputa dos bancos por depósitos, mas como este, nos Estados Unidos, é considerado um mercado bastante conservador, a competição tem sido moderada.

Algumas instituições estão divulgado taxas mais altas de juros porque precisar ter liquidez. Outros bancos, estão simplesmente tentando ganhar uma fatia maior de mercado.

A maioria, no entanto, está esperando que o movimento de depósitos chegue, uma vez que bilhões de dólares foram retirados de bancos enfraquecidos pela crise, nas últimas semanas, e boa parte deste dinheiro está “flutuando” no Sul da Flórida, em busca de um novo “lar”.

Bank Atlantic, com sede em Fort Lauderdale, está levando a competição de uma forma mais explícita. No dia seguinte à compra do Washington Mutual pelo JPMorgan, o Atlantic lançou a seguinte campanha: “O Bank Atlantic está disponível para assistir os clientes do Washington Mutual. Nós queremos que você saiba que o Bank Atlantic está aqui para atender às suas necessidades bancárias”.

A batalha entre os bancos começou há alguns meses, mas intensificou-se, mais recentemente, após a incorporação dos bancos Wachovia (pelo Citigroup) e do Washing-
ton Mutual.

Três Golias
Agora existem apenas três grades Golias (ou grandes bancos): Citigroup, Bank of America e JPMorgan Chase que, so-zinhos, controlar trilhões de dólares em patrimônio.

Muitos dos bancos locais acreditam que ficarão bem posicionados para competir, porque enfatizam o atendimento ao consumidor, mas a mudança de mercado levantou questões se os três “super-bancos” não ficaram com muito poder concentrado.

- Se nós tivéssemos cinco bancos em todo o País, eu ficaria preocupado com o poder deles no mercado, mas há mais de 8 mil bancos. E mesmo as associações de crédito são uma alternativa disponível, desde as grandes até menores”, disse Miachael Pagano, professor de Finanças da Villanova University School of Business.

O Bank United, um dos bancos do Sul da Flórida fortemente atingidos por pro-blemas de crédito está oferecendo 4,6% em empréstimos de 18 a 25 meses. Há dois meses a taxa era de 5% para empréstimos de 36 meses, em comparação a 3,75% oferecidos em abril, para os mesmos 36 meses.