Barrichello dispara críticas em fim de semana desastroso

Por Gazeta Admininstrator

Foi demais para Rubens Barrichello, que nos últimos anos de Ferrari acostumou-se a declarações diplomáticas, frias e serenas.

Um câmbio quebrado no primeiro treino de sexta-feira, outro na sessão classificatória de domingo, uma troca de motor horas antes da largada, pneus arrasados já no meio da prova. Foi demais.

Primeiro, Barrichello criticou a fornecedora dos compostos. "Meus pneus estavam acabados no meio da corrida. Foi impossível segurar quem tentava me ultrapassar. Não dava para guiar o carro. A Bridgestone tem que resolver isso logo. Precisamos de respostas rápidas", disse o piloto brasileiro.

Na Malásia, há duas semanas, o brasileiro também havia sofrido com os pneus. Na ocasião, sem aderência nenhuma, abandonou a prova. Domingo, após largar em último no grid --punição por ter trocado de motor--, fez uma ótima corrida e chegou à quarta posição. Mas começou a despencar, mais uma vez sem aderência.

Sobraram alfinetadas também para a Ferrari, que passou vexame no Bahrein ao revelar que não havia trazido para o país uma caixa de câmbio reserva.

Por isso, Barrichello não treinou na sexta e no sábado. E, no domingo, outro papelão: o novo câmbio quebrou quando ele fechava a volta lançada no segundo treino oficial.

A Ferrari, então, recolocou o câmbio antigo, remendado. E, assustada, trocou também o propulsor do F2005.

"Se tivéssemos estreado este carro na Austrália, ele já seria confiável", declarou Barrichello, criticando a decisão do time de protelar o novo modelo. Foi a primeira vez desde 1999 que a escuderia italiana não venceu na estréia de um carro.