Batalha em sinagoga marca o quarto dia da retirada

Por Gazeta Admininstrator

Kfar Darom, Faixa de Gaza - Os colonos jogaram tinta, ovos, melancias e ácido, mas os policiais conseguiram controlar, com jatos d´água, os colonos irredutíveis que ocupavam a sinagoga de Kfar Darom (Faixa de Gaza). Várias dezenas de manifestantes se refugiaram no teto da sinagoga desta colônia, que teve a pedra fundamental assentada, há 15 anos, pelo hoje primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.

Ao todo, 41 policiais e soldados, e 17 civis, ficaram feridos durante o esvaziamento de seis colônias da Faixa de Gaza, incluindo Neve Dekalim e Kfar Darom, informam policiais. Dezessete das 21 colônias de Gaza foram esvaziadas até o final do dia, disse o porta-voz da polícia, Avi Zelba. A operação será suspensa na sexta-feira, para o sabá judaico, e deverá se completar na próxima semana, bem antes do fim do prazo estipulado.

Quando os policiais, com capacetes e escudos, tentaram desalojar os colonos do telhado da sinagoga de Kfar Darom, o confronto tornou-se inevitável. Alguns dos opositores da retirada jogaram ácido sobre os policiais, obrigando-os a recuar rapidamente e a tirar a roupa, antes de serem levados em ambulâncias.

Pouco antes, alguns militantes haviam tentado cegar os policiais usando espelhos para refletir a luz do sol. Soldados subiram no telhado da sinagoga dentro de um contêiner, erguido por um guindaste.

No interior do edifício havia dezenas de mulheres jovens, algumas com bebês e crianças. Os salmos eram gritados com fervor na confusão. As pessoas foram arrastadas para fora, cada uma por quatro policiais. Na rua, no final da tarde, o intermediário dos rabinos tentava negociar através dos alto-falantes com os colonos acampados no teto, explicou Amos Yaacov, um dos chefes da polícia.

A desocupação da sinagoga de Kfar Darom foi até agora a mais violenta da operação de retirada da Faixa de Gaza iniciada na quarta-feira. "Há muitos policiais feridos por ácido e nós aplicaremos a lei em todo o seu rigor, porque este ato é contrário a tudo o que nós combinamos (...) Eles lançaram ácido", declarou o general Dan Harel, comandante da operação.