Batida do ICE detém 97 imigrantes no Tennessee

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_164358" align="alignleft" width="300"] Agentes do ICE em operação. Foto: divulgação.[/caption] O U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) prendeu 97 imigrantes em uma batida que pode ser considerada uma das maiores do governo Trump. O alvo foi uma fábrica de processamento de carne em Bean Station, Leste do Tennessee. Em comunicado, a porta voz Tammy Spicer, informou que a agência levou as 97 pessoas em custódia na quinta-feira, depois de executar um mandado de busca na Southeastern Provision, uma fábrica de processamento de carne. O National Immigration Law Center afirmou que acredita que esta seja a maior operação contra um local de trabalho sob o governo Trump. Segundo o agente especial da Receita Federal Nicholas Worsham, o local evadiu impostos em até US$ 2,5 milhões com a contratação de indocumentados. De acordo com o ICE, 11 pessoas foram presas sob acusações criminais, outras 54 foram detidas e 32 acabaram libertadas da prisão. "Não há absolutamente nenhuma necessidade deste tipo de ação extrema", criticou o grupo pró-direitos civis Southern Poverty Law Center, que citou a "reminiscência do tom militarista" no episódio. No mesmo dia, Trump anunciou que pretende enviar entre 2.000 e 4.000 membros da Guarda Nacional à fronteira com o México, na primeira referência à magnitude da mobilização. Trump indicou ainda que os soldados permanecerão na atividade até que o país construa um muro na fronteira. Ele quer os soldados para frear a entrada de imigrantes ilegais, depois de uma escalada de furiosas mensagens nas quais acusa o México de não tomar medidas para frear o fluxo de pessoas. Além disso, ameaçou retirar o país do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), fundamental para a economia mexicana. A permanência prolongada dessas tropas na extensão da fronteira representa um custo que a Casa Branca ainda "está analisando", comentou o presidente. Um envio de 4.000 membros da Guarda Nacional representaria um contingente maior do que os Estados Unidos mantêm na Síria, e equivalente à metade das tropas que permanecem no Iraque. — Vai depender do que fizermos — respondeu o presidente ao ser questionado sobre os custos da manutenção dos soldados. A Guarda Nacional foi enviada anteriormente à fronteira com o México em três oportunidades: em 2006 e 2008 com o presidente George W. Bush, e em 2010 com Barack Obama. Nesses três casos, a mobilização se manteve por aproximadamente um ano. Com informações do ICE e Fox News.