Beira?Mar pega 15 anos de reclusão

Por Gazeta Admininstrator

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado, na terça-feira (10), por um júri popular, a 15 anos de reclusão. Beira-Mar é acusado de ter ordenado, por telefone, a execução de João Morel, com quem disputava o controle do tráfico na fronteira, na rota do Paraguai. O crime aconteceu no dia 21 de janeiro de 2001, na cela 38 do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Morel foi assassinado a golpes de faca artesanal.

Os jurados entenderam que o crime foi cometido por motivo torpe e emprego de meio cruel, mas não com o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, como denunciou o Ministério Público. O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, levou em conta o que classificou de “conduta nada recomendável” de Beira-Mar, como elemento
desfavorável ao réu.

O advogado Wellington Correa da Costa, que representa o traficante, disse que Beira-Mar ficou satisfeito com a defesa, que conseguiu retirar uma das qualificadoras e diminuir a pena em três anos. O traficante disse ainda que já esperava pela condenação. O advogado vai recorrer ao Tribunal de Justiça. Beira-Mar deixou o Fórum de Campo Grande, escoltado por sete carros da Polícia Federal, em direção ao presídio federal da capital, onde já cumpre pena por outros crimes.

Traficante negou acusações
No julgamento, que teve início às 9:43 a.m e terminou às 6:55p.m, Beira-Mar negou todas as acusações de participação no homicídio, dizendo que as insinuações partem da mídia que “faz de tudo para vender jornal”. Disse ainda ser vítima de fofocas e que, se a atriz Luana Piovani engravidasse e dissesse que o filho era dele, todos iriam acreditar.

Beira-Mar também aproveitou para criticar o presídio em que está cumprindo
pena. Ele afirmou que quer sair de lá, pois seria “uma fábrica de loucos criada por um psicopata”. Disse também que não gostaria de voltar para o Rio de Janeiro. Segundo ele, ao voltar para o estado em que ganhou notoriedade, a cada nova ação do tráfico todos os problemas iriam cair “em
suas costas”. Um agente federal penitenciário que fazia a segurança de Beira-Mar desmaiou tombando no ombro do preso. Ele foi retirado da sala e atendido por médicos.