Black Friday: veja os cuidados para não cair em golpes de compras pela internet

Por Arlaine Castro

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Há centenas de aplicativos maliciosos e sites falsos criados para roubar dados dos usuários. E nesta sexta-feira especial de promoção mundial, a “Black Friday”, os golpes tendem a se multiplicar. Alguns especialistas preveem mais atividades fraudulentas nesta temporada de festas de fim de ano do que no ano passado. "Todos os anos vemos isso crescendo significativamente", disse Yair Levy, especialista em segurança cibernética e sistemas de informação da Nova Southeastern University. "Por quê? Porque se torna mais bem sucedido. Todo ano mais pessoas fazem compras online." Centenas de aplicativos e sites mal-intencionados da Black Friday buscarão roubar dados pessoais e informações de cartão de crédito este ano nos Estados Unidos e no Reino Unido, de acordo com um novo relatório da empresa de segurança cibernética RiskIQ. Qual o risco? Os cibercriminosos criam aplicativos móveis e páginas de destino falsificados com marcas realistas, especialmente em épocas como o Dia de Ação de Graças, Black Friday e a Cyber ??Monday. Eles querem convencer os consumidores a baixar aplicativos ruins ou visitar sites falsos e, em última análise, "phishing" para dados confidenciais. Um golpe que circula na popular plataforma de mensagens WhatsApp, antes da Black Friday, promete descontos de 99% sobre a Amazon.com. No Twitter, a conta de ajuda oficial da Amazon escreveu: "Por favor, não compartilhe seu pedido / conta / detalhes pessoais em tais sites." Sites seguros: HTTPS x HTTP Os consumidores são especialmente vulneráveis ??quando fazem compras por meio de smartphones, segundo os especialistas do mundo digital. Os navegadores de celular têm um campo de endereço muito mais curto e os consumidores podem não ver o URL completo em seu telefone. Isso torna mais difícil detectar um golpe. Para verificar se um site é mesmo seguro, Steve Ginty, gerente sênior de produtos da RiskIQ, diz que o site deve ter uma conexão "HTTPS" válida com um símbolo de bloqueio (cadeado), e não somente escrito "HTTP", que indica que o site é vulnerável a ataques de hackers. De acordo com a empresa de marketing Criteo, mais de 40% de todas as vendas em novembro e dezembro de 2017 foram feitas em telefones celulares, e a tendência é aumentar. Aplicativos falsos Os usuários também devem ter cuidado ao baixar aplicativos. As aplicações fraudulentas de ofertas de férias feitas por golpistas podem enganar os usuários e digitar suas informações de cartão de crédito, enquanto outros aplicativos apresentam malware que pode roubar dados pessoais ou bloquear um smartphone até que o usuário pague uma taxa de resgate. De acordo com o relatório recente do RiskIQ, 5,5% dos 4.324 aplicativos relacionados à Black Friday em lojas de aplicativos globais são considerados maliciosos e inseguros, e 4,6% dos aplicativos da Cyber ??Monday são maliciosos. A empresa recomenda examinar quem desenvolveu o aplicativo e fazer o download apenas de aplicativos de lojas de aplicativos oficiais como Apple e Google. Desconfie de lojas e sites que não conhece com ofertas “muito baratas” Yair Levy, especialista em segurança cibernética e sistemas de informação da Nova Southeastern University, diz que só faz compras com varejistas de sua confiança. "Não tente procurar ofertas que sejam boas demais para ser verdade”, diz. Ou seja, evite comprar em sites e lojas que não tenha ouvido falar e não possui referência. Cartão de crédito O especialista também sugere ter um cartão de crédito dedicado a compras online. Isso facilita o acompanhamento de compras e a identificação de atividades fraudulentas. Ofertas por e-mail Os compradores também devem ter cuidado com as ofertas de e-mail. Os e-mails de phishing podem ser semelhantes aos enviados pelos principais varejistas, e os consumidores devem ignorar ou excluir esses e-mails, independentemente de quão bom seja o acordo. A empresa de segurança cibernética BullGuard diz que o objetivo desses fraudadores é fazer com que os consumidores cliquem em um link dentro do e-mail e insiram suas informações pessoais. Com informações da CNN Business.