Bolívia responsabiliza LaMia e piloto por acidente com a Chape

Por Daniel Galvão

O governo boliviano anunciou à imprensa mundial, no dia 20, sua conclusão sobre o acidente, no fim de novembro, com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, além de jornalistas e convidados, para Medelín, na Colômbia e que vitimou 71 pessoas. A responsabilidade direta, segundo as autoridades, foi da empresa LaMia e do próprio piloto, Migueo Quiroga.

“A conclusão é contundente: a responsabilidade direta de toda essa eventualidade recai sobre o piloto e sobre a empresa”, afirmou o ministro de Obras Públicas e Serviços da Bolívia, Milton Claros. “O assunto tratado aqui é, sem dúvida, o plano de voo no qual a capacidade da aeronave era de 4h20, e o tempo de voo era de 4h20”, frisou.

Sobre a outra personagem importante na tragédia, Celia Castedo, funcionária da agência nacional boliviana de aviação civil, que autorizou o voo apesar das irregularidades, a Bolívia enfatizou que ela “descumpriu seus deveres e isso também prescreve uma punição”.

A sequência das investigações contará com fiscais de uma comissão tripla, com participação da Bolívia, Colômbia e Brasil. Omar Durán, advogado dos familiares do copiloto da LaMia, Fernando Goytia - também falecido no acidente - relatou que foi possível “evidenciar que o piloto Miguel Quiroga não cumpria com a quantidade de horas de voo estabelecida” nos regulamentos.