Border Patrol diz que levará anos para atingir meta de Trump

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_139839" align="alignleft" width="300"] Foto: US Border Patrol divulgação.[/caption]

A Patrulha da Fronteira (US Border Patrol) anunciou que não mudará o padrão somente para satisfazer a vontade do presidente Donald Trump de contratar 5 mil agentes para fiscalizar a fronteira.

Segundo funcionários da agência, para atingir o objetivo de Trump, que é de aumentar rapidamente em cinco mil o número agentes, serão necessários de quatro a cinco anos.

Ainda não há um período para contratação definido, mas segundo um funcionário da U.S. Border Patrol que não quis ser identificado, o objetivo é contratar o máximo possível de agentes nesse período. Outro funcionário disse (também em condição de anonimato) que isso não é algo que irá acontecer da noite para o dia.

A ordem para contratação de cinco mil agentes é uma peça-chave dentro das ordens de imigração do presidente, mas tem atraído menos atenção do que a proibição de viagens para algumas nacionalidades e a construção do muro na fronteira com o México.

A contratação de cinco mil agentes da Patrulha da Fronteira representaria um aumento de cerca de 25% de funcionários, e o plano de Trump para mais dez mil oficiais e agentes de execução do US Immigration and Customs (ICE) representaria um aumento de cerca de 50%.

Ainda é incerto o prazo para contratação dos agentes da fronteira e se o Congresso irá fornecer os bilhões de dólares que provavelmente tal ato exigirá, mas segundo a agência, é um número “realizável”. Trump mencionou sobre a proposta de aumentar oficiais ainda durante a campanha presidencial.

Um funcionário do CBP disse que a agência estava comprometida a cumprir o requisito de que todos os candidatos façam o teste do detector de mentiras, mas que talvez dispense do teste alguns veteranos com pelo menos quatro anos de experiência militar e alguns agentes da lei de outras agências federais.

De acordo com a Agência, cerca de 75% dos candidatos falham no teste do polígrafo, sendo dois terços deles sobre alguma história criminosa ou outro assunto relacionado. Isso é mais que o dobro da taxa média de candidatos em oito agências de aplicação da lei, segundo dados obtidos pela Associated Press sob pedidos de registros abertos. Os candidatos para admissão no US Drug Enforcement Administration falharam 36% nos últimos dois anos.

O CBP planeja testar um polígrafo alternativo que pode levar menos tempo para administrar, mas ainda atende aos padrões federais e identifica candidatos problemáticos.

O ICE, agência responsável por deportações e pelos centros de detenção de imigrantes não exige que os candidatos façam o teste no detector de mentiras.

De 2003 a 2011 dobrou o número de agentes da Patrulha de Fronteira e, segundo um funcionário, o aumento de oficiais não resultou em mais corrupção.

Com informações do ABC News.