Boxe na praia cai como uma luva no verão

Por Gazeta Admininstrator

Nada de quebrar pratos ou bater portas na hora da raiva. Para mandar o estresse embora sem causar prejuízos, que tal se inscrever numa aula de boxe? Depois de participar de uma sessão de "pancadaria saudável" na Praia da Barra, já posso dar dois avisos iniciais: a presença da mulherada é maciça e brigões que querem aperfeiçoar suas técnicas de violência não são bem-vindos.

Se os seus piores instintos estão bem guardadinhos e a vontade de praticar um esporte diferente é grande, prepare a luva e divirta-se. Sim, porque não adianta tentar fazer cara de mau. Eu me peguei várias vezes rindo dos meus golpes desengonçados durante a novidade promovida pela academia Universidade do Corpo: aula de boxe na praia.

No início, parece ser mais difícil do que realmente é - ainda mais às 8h de um sábado. Mas depois que se pega o jeito, dá até para se sentir uma aprendiz de Popó!

As seqüências de jebs, direto, cruzado e gancho (nomes técnicos para o que costumamos chamar de soco) começam de forma simples. O professor é a primeira "vítima" - ele segura uma ou duas manoplas (acolchoados que aparam os golpes) e estimula o aluno a bater forte, bem forte. Soltar gritos ou não fica a critério (e empolgação) de cada um.

Em seguida, somos apresentados ao Bob, um boneco fortão é agredido por todos os lados e, mesmo assim, permanece quietinho, sem reclamar ou revidar. O boneco camarada é a alternativa perfeita para usar na praia, já que o saco de areia precisa ser pendurado no teto.

Depois chegou a hora de encarar um rival de carne e osso. A turma foi dividida em duplas e o cuidado teve que ser redobrado. Para ninguém sair de olho roxo, nada de soco na cara. Os golpes iam direto nas mãos protegidas do adversário.

O professor Lincoln Cavalcanti explica:

- Os alunos do boxe na areia podem perder de 500 a 900 calorias em uma aula. A modalidade melhora o condicionamento físico e não tem fins competitivos. Quem quiser praticar com mais força luta comigo, para evitar qualquer acidente com os outros alunos - explicou Lincoln, campeão sul-americano e brasileiro de kickboxing (estilo que usa as mãos e os pés).