Brasil, biodiversidade perdida

Por Gazeta Admininstrator

Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil deveria aproveitar melhor a sua biodiversidade de espécies como um impulso científico para o seu desenvolvimento, o que chamamos de capital natural, um capital que deve ser respeitado e protegido. Segundo o instituto, por outro lado, o conhecimento que o brasileiro tem sobre a biodiversidade de seus ecossistemas é muito incipiente.

As pesquisas sobre as nossas espécies também estão engatinhando, grande parte de nossas espécies nativas são desconhecidas e possuímos um banco de genomas das mesmas ainda muito reduzido.

Quando se consegue pesquisar, em muitos casos, as espécies já estão em processo de extinção ou com a sua variedade reduzida no meio ambiente.

Conciliando biodiversidade ao tema do desenvolvimento social e científico no Brasil, podemos exemplificar a possibilidade de uma planta já extinta significar a cura de uma doença ou a geração de uma substância que poderia auxiliar na produção de alimentos.

É primordial que os governos e empresas instaladas no Brasil estimulem a pesquisa e a conservação do patrimônio genético ambiental brasileiro.

Entre os países detentores de megadiversidade, o Brasil é o campeão de variedade de espécies e, nesse grupo, possui conhecimento, pesquisas e estruturas de alto nível, mas ainda necessita de mais investimentos, ações interrelacionadas que aliem conservação e pesquisa, e mão-de-obra qualificada que deem conta das vastas extensões territoriais presentes em nossos ecossistemas.

O Brasil é uma das poucas nações que ainda podem descobrir novas espécies, porém, segundo o Ipea, a formação acadêmica e técnica de profissionais para estudo e caracterização da diversidade de microorganismos encontra-se em estágio embrionário.

A partir da afirmação do Ipea, o Brasil encontra-se desafiado a estudar suas espécies e a quantificar o potencial de perda de sua biodiversidade, tais desafios só serão superados por meio de políticas públicas, governamentais, empresariais e da iniciativa da sociedade acadêmica e civil em um esforço conjunto em prol de nossas espécies.

Uma das principais causas da perda de nossa biodiversidade está na infraestrutura utilizada na exploração do solo, presente na etapa produtiva de extração de riquezas minerais, o que gera desequilíbrios na estrutura de um determinado meio ambiente.