Brasil e EUA estudam aumento do fluxo de voos entre os países

Por Gazeta News

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Brasil e Estados Unidos estão negociando o aumento de fluxo de voos entre os dois países, afirma, o secretário do Interior americano, Ken Salazar, em visita ao Brasil no dia 16 de abril.

Segundo o secretário, que tem como uma das atribuições cuidar do turismo dos EUA, trata-se de uma "política de governo" americana, mas que a decisão final caberá às companhias aéreas.

"Os Estados Unidos e o Brasil estão negociando tratado de céus abertos para expandir voos diretos entre os dois países e aumentar a frequência nos próximos anos. Esta é uma decisão comercial das empresas aéreas dos dois países se os voos serão diretos. É uma política de governo dos Estados Unidos, que querem aumentar o fluxo de voos", disse Salazar ao “Terra”.

As autoridades americanas, no entanto, não dispensam a necessidade da entrevista pessoal nas embaixadas e consulados para a obtenção do visto. Segundo Todd Chapman, ministro conselheiro dos EUA, a entrevista é uma necessidade prevista na lei americana. No entanto, ele assegura que foram feitos avanços na exigência desse trâmite.

"Precisamos ter certeza de que as pessoas são quem dizem que são. Não preciso nem contar para vocês sobre os desafios que temos tido no nosso próprio território com relação ao terrorismo. Estamos implementando mudanças nessa política. Agora, pessoas menores de 15 anos e acima de 60 não precisam, em muitos casos, tirar a impressão digital. Para quem vai renovar o visto, dispensamos a entrevista se o visto expirou nos últimos 12 meses; aumentamos para 18 meses esse tempo, e isso foi feito apenas para o Brasil. É um reflexo do esforço que estamos fazendo", afirmou ele.

De acordo com o “Terra”, menos de um mês após o anúncio da abertura de novos consulados americanos em Belo Horizonte e Porto Alegre, Todd acrescentou ainda, em resposta a empresários, que serão necessários "novos estudos para saber se é ou não prático abrir consulados em outros Estados". A isenção de vistos por hora não está no horizonte próximo das relações bilaterais. Segundo Salazar, uma decisão como esta tem de passar pelos dois governos mais "vai demorar algum tempo".

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Em 2011, o fluxo de comércio entre os dois países atingiu US$ 60 bilhões, o que representa aumento de 37% em relação ao registrado em 2007. O Brasil é a sexta maior fonte de visitantes para os Estados Unidos. Os Estados Unidos são a segunda maior origem de visitantes para o Brasil.