Brasil e EUA testam vacina que pode prevenir o zika na gravidez

Por Gazeta News

[caption id="attachment_140138" align="alignleft" width="328"] Não houve alteração no sistema nervoso dos camundongos com a vacina. Imagem: Pixabay.[/caption] A vacina contra o vírus da Zika, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, em parceria com universidades americanas, apresentou resultado positivo e foi capaz de proteger o sistema nervoso central de alterações que causam a microcefalia. Os testes foram realizados em camundongos e macacos e devem ser feitos em humanos a partir de 2019, segundo dados divulgados na última sexta-feira, 22, pela revistaNature Communications. Parceria Brasil e EUA A parceria para essa pesquisa foi firmada em fevereiro de 2016 a partir de acordo internacional visando o desenvolvimento de vacina contra o vírus zika. O Ministério da Saúde vai destinar um total de R$ 7 milhões até 2021 para o desenvolvimento e produção da vacina. O estudo desenvolvido pelo Instituto no Brasil é um dos mais avançados para a oferta de uma futura vacina contra a doença capaz de proteger mulheres e crianças da microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pelo vírus e os testes pré-clínicos foram realizados simultaneamente nos Estados Unidos, no Instituto Nacional de Saúde (NIH), Universidade do Texas e Universidade Washington. A aplicação de uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio de seus filhotes. Nos testes, a vacina impediu que o vírus cause microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central tanto nos camundongos quanto nos macacos. Segundo o Instituto Brasileiro, (IEC), do grupo controle que não tomou a vacina, as fêmeas de camundongos tiveram aborto por conta da transmissão do vírus zika ou seus filhotes nasceram com microcefalia e outras alterações neurológicas. Esterilidade Além dos testes em fêmeas, foram realizados testes em camundongos machos. Um dos achados científicos inéditos é que o vírus Zika pode ser capaz de causar esterilidade. A infecção nos animais reduziu consideravelmente a quantidade de espermatozoides, a mobilidade e o tamanho dos testículos. No entanto, não é possível afirmar que esse efeito também se aplique aos seres humanos.