Brasil registra mais de 6,4 mil pedidos de refúgios de venezuelanos em 2017

Por Gazeta News

imigrantes venezuela Foto Emily Costa G1 RR
[caption id="attachment_150799" align="alignleft" width="428"] Milhares de venezuelanos estão vindo para o Brasil em busca de trabalho. Foto: Emily Costa/G1 RR.[/caption]

Nesta segunda, 7 de agosto, ainda pela madrugada, uma longa fila de Venezuelanos foi formada em busca de permissão para cruzar a fronteira com Roraima e entrar no Brasil, fato que tem acontecido constantemente e aumentou ainda mais com o agravamento da crise política na Venezuela após a votação da Assembleia Constituinte de Nicolás Maduro.

Dados da Polícia Federal em Roraima apontam a constanteonda migratória que segue o aumento da instabilidade política no país vizinho. Em 2015 foram registrados 230 pedidos de refúgio de venezuelanos em Roraima. Um ano depois esse número subiu para 2.230 e até junho de 2017 já bateu a marca de 6.438 solicitações.

Na sede da Polícia Federal em Pacaraima, cidade entre Brasil e Venezuela, os primeiros imigrantes chegaram às 4h para receberem atendimento apenas às 8h. Nas primeiras horas do dia foram distribuídas mais de 200 senhas para os estrangeiros. O procedimento ocorre diariamente.

Na fronteira com o Brasil os venezuelanos entram em Roraima após preencherem um visto de turismo que autoriza a entrada e permanência no país por até 60 dias. O documento é fornecido na sede da Polícia Federal.

Conforme dados divulgados pela PF, a maioria dos venezuelanos que estão imigrando para Roraima são de Caracas, capital do país. Mais de 58% são do sexo masculino e jovens entre 22 e 25 anos. A maioria dos estrangeiros que vem para o estado são estudantes (17,93%), seguidos por engenheiros (6,21%), médicos (4,83%) e economistas (7,83%).

No Brasil, eles buscam trabalho. Nos últimos sete meses, o Ministério do Trabalho no estado (MTE-RR) registrou um recorde de emissão de carteiras de trabalho a venezuelanos. Nesse período foramquase 3 mil carteiras entregues a cidadãos venezuelanos. Em 2015, emitiram-se apenas 257 documentos, e 1.331 em 2016.

Com informações do G1.