Brasileira atua com cão no resgate de vítimas do furacão em Mexico Beach

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_174165" align="alignleft" width="264"] Ana Kaufmann faz parte do Florida Task Force 2 de Miami com seu cão. Foto: arquivo pessoal.[/caption] A brasileira Ana Kaufmann faz parte do Florida Task Force 2 de Miami e está em Mexico Beach (FL) trabalhando no resgate de pessoas depois da passagem do furacão Michael que devastou parte do norte da Flórida na semana passada. Ao Gazeta News, Ana disse que, assim que a equipe começou o trabalho de resgate, mais de 400 pessoas foram encontradas com vida, mas que houve mortos, a cidade foi muito destruída e que há destroços por todo lado. “Parece que jogaram uma bomba. É horrível a situação e a cidade de Mexico Beach vai precisar de alguns anos para voltar ao normal”. A equipe conta com mais de 80 pessoas e foi a primeira a chegar ao local, segundo Ana. “Recebemos a chamada um dia antes do furacão. Saímos de Miami na terça feira, ficamos em Ocala na noite de terça feira, e quarta feira as 10:00pm saímos de Ocala e começamos dirigir até a cidade de Mexico Beach. Fomos a primeira equipe de resgate a chegar aqui no local. Estamos em 84 pessoas , sendo pessoas com barco , cachorros, bombeiros”, explica. Nesta terça-feira, 16, Ana disse que a situação está melhorando, mas ainda não há energia elétrica e comunicação somente por uma operadora de celular. “Não temos energia e celular somente a AT&T que está funcionando. Fizemos vários resgates e ainda estamos procurando por pessoas. Nosso trabalho ainda continua”, conta. [caption id="attachment_174166" align="alignright" width="300"] Casa destruída pelo furacão Michael em Mexico Beach. Foto: Ana Kauffmann.[/caption] Sobre a atuação da equipe de resgate, Ana explica que foram resgatadas mais de 400 pessoas com vida, mas infelizmente, também foram localizados corpos entre os entulhos das casas. Duas pessoas ainda estão desaparecidas e outras 35 sem contato com a família, segundo Ana. “Não quer dizer que estejam desaparecidas, mas ainda não fizeram contato depois da tempestade”, disse. “A cada dia procuramos mais pessoas, os números variam, mas com o passar dos dias as informações ficam mais precisas, o que ajuda no trabalho de resgate”, destaca. De acordo com Ana, foram liberadas pela Federal Emergency Management Agency(FEMA) 11 equipes para atuar no local. "Além da Flórida, há equipes também do Teneessee, Massachusetts, Ohio, e outros estados", diz Ana. [caption id="attachment_174167" align="alignleft" width="225"] O cão Dexter golden retriever em atuação nos escombros de Mexico Beach (FL).[/caption] Resgate K9 Há 17 anos na Flórida e há sete como integrante da equipe do FLTF 2 de City Miami, a brasileira atua em operações com K9 e o Dexter golden retriever. "É um trabalho difícil, mas treinamos juntos com os cães toda semana, o que os torna confiantes para atuar no resgate de vítimas”, conta. Ana explica como funciona o seu trabalho com o cão K9: “O meu cão é treinado para encontrar pessoas com vida, então, se ele fareja e late, é porque tem alguém com vida, se fareja e não late, é porque há possíveis corpos”, salienta. A brasileira já atuou com seu cão quando a passarela em frente à Florida International University em Miami caiu em março deste ano. Leia a matéria completa aqui. Brasileira que atua no Florida Task Force conta sobre o resgate após queda da passarela em Miami