Brasileira busca ajuda para tratamento de condição rara em Miami

Por Arlaine Castro

ianca Becker
[caption id="attachment_154695" align="alignleft" width="253"] Bianca possui Cerebrospinal Fluid Leak. Foto: arquivo pessoal.[/caption]

A carioca Bianca Becker mora em Midtown Miami e busca ajuda para tratamento de Cerebrospinal Fluid Leak(CFL), mais conhecida como CSF Leak, que é um vazamento do líquido que fica em volta do cérebro e da espinha, causa dores e afeta o sistema motor. No caso da brasileira, uma punção para detectar meningite há 5 meses causou a condição e, desde que começou o tratamento não pode mais trabalhar, foi demitida na semana passada e com isso perdeu também o seguro médico.

Bianca trabalhou durante 9 anos como hostess do Boteco, bar conhecido de vários brasileiros em Miami, e trabalhava como hostess do St. Regis Hotel quando, há 5 meses, começou a sentir uma febre que não passava. Procurou então a emergência do hospital, onde os médicos suspeitaram de meningite e realizaram uma punção lombar que abriu um buraco na membrana que segura o líquido da espinha que começou a vazar. “Foi assim que infelizmente começou todo o meu pesadelo”, relata.

Ao GAZETA, Bianca contou que a condição afeta também a parte motora, além de fortes dores. “Dá uma dor de cabeça insuportável que só alivia um pouco quando se deita; afeta toda a parte motora de uma vez, a visão fica embaçada, dá um barulho agudo no ouvido e você perde o equilíbrio do seu corpo, é horrível”, conclui.

Tratamento

O tratamento no University of Miami Hospital se chama Blood Patch - que consta em injetar o próprio sangue na espinha na esperança de fechar o buraco que causa o vazamento do líquido. “Cada vez que faço um Blood Patch fico internada por cerca de 5 dias e o custo é alto, por volta de $50 a $70 mil dólares. Fiz o procedimento por 4 vezes mas não funcionou. Segundo os médicos, tem gente que se cura com um Blood Patch, e tem gente que precisa de vários para se curar, isso quando consegue se curar”, explica.

Com uma irmã morando em Houston e o resto da família no Brasil, Bianca tem enfrentado a situação sozinha, com o apoio de amigos e conhecidos. Além de ajuda para o tratamento, a brasileira busca também alertar outras pessoas para a sua condição, que pode acontecer com qualquer um. “O procedimento é comum em algumas situações médicas, o que aumenta a chance de acontecer com qualquer pessoa”, diz.

Em novembro será feito Myelogram – um outro procedimento que serve como um teste para conseguir identificar onde na espinha está o buraco (ou buracos) exatamente. “Eu estava meio apreensiva em fazer esse teste desde que tudo começou porque é mais uma punção e sempre há o risco de causar mais um buraco na membrana que segura o líquido da espinha, mas não tem outro jeito. Dependendo do resultado do Myelogram, os médicos vão decidir qual vai ser o próximo passo do tratamento”.

A brasileira usava o seguro-saúde do trabalho, mas, como foi demitida, perdeu. “Ainda não sei o que vou fazer agora que não tenho mais seguro, vou tentar aplicar para Medicare”, desabafa. Foi criada uma campanha online para ajudar. Para doar, acesse https://www.gofundme.com/3yqxchc