Brasileira de Fort Lauderdale entra na fila de transplante de medula óssea

Por Gazeta Admininstrator

Sabemos o valor da solidariedade quando um amigo próximo precisa de ajuda. Agora a comunidade brasileira do sul da Flórida – ou mesmo de todo os Estados Unidos – tem uma nova chance de mostrar quão solidária é, assim como já mostrou no passado em outras campanhas.
A brasileira Isolina Magalhães, mais conhecida na comunidade como Linna, foi diagnosticada com leucemia no mês passado, e entrou na fila de espera para um transplante de medula óssea.
“Tudo começou com muita dor de cabeça”, conta Linna, que acabou indo ao pronto socorro do Holly Cross Hospital, no dia 9 de abril, em Fort Lauderdale, mas foi mandada de volta para casa como se não tivesse nada sério. “No dia 17 de abril eu estava com tanta dor que acabei desmaiando, e voltei ao hospital”.
Ao examiná-la, médicos constataram que Linna tinha somente 3% de volume de sangue no corpo, segundo conta Linna, e a transferiram para uma transfusão de sangue. Uma bateria de exames acabou diagnosticando que Linna tem leucemia.
“Os médicos disseram que foi um milagre eu não ter morrido com tão pouco sangue”, conta.
Linna, que está com a aparência saudável, ainda está se familiarizando com os procedimentos e, o que é pior, com a burocracia do sistema de saúde americano. Os próximos passos agora serão fazer sessões de quimo e radioterapia para preparar seu corpo para uma doação de medula óssea, quando aparecer um doador compatível.

Fundação Icla
da Silva
Linna se inscreveu na Fundação Icla da Silva, o maior centro de recrutamento de doadores de medula óssea nos Estados Unidos. Com uma média de 38,000 doadores adicionados ao “Be The Match Registry” a cada ano, a instituição atua especialmente junto a comunidades de minoria étnica, segundo informações no site www.icla.org, com versões em português, inglês e espanhol. Atualmente, 67 brasileiros, entre eles muitas crianças, estão na fila de transplante da fundação, nos Estados Unidos.
A Fundação Icla da Silva foi criada em 1992, em memória da adolescente brasileira Icla da Silva, 13, nascida em Maceió, Alagoas. Depois de três anos lutando contra leucemia, Icla faleceu em Nova York, aonde veio em busca de um transplante de medula óssea, o único tratamento que poderia salvar sua vida. Infelizmente a garota nunca encontrou um doador compatível.
Como ajudar
Um dos maiores obstáculos para um paciente que sofre de leucemia é a dificuldade de encontrar um doador compatível, motivo pelo qual muitas pessoas morrem - por não encontrarem um doador a tempo. Linna está cadastrando pessoas no banco de dados de doadores da Fundação. “Não estou procurando um doador somente para mim, mas que possa ajudar qualquer pessoa em uma situação como esta”, diz.
Um caso de sucesso recente foi o de Nivaldo Neto, o doador baiano que havia se inscrito no banco de dados da Fundação Icla da Silva para se tornar um possível doador de medula óssea. Três anos depois, Neto foi surpreendido com a notícia que ele era compatível com um paciente de leucemia. O transplante ocorreu em fevereiro deste ano.
Para se cadastrar é simples: basta passar um cotonete na boca para coletar sua saliva e preencher um cadastro. Fora isso, há outras formas de ajudar a Fundação, voluntariando ou fazendo doações, que podem ser deduzidas de seus impostos. Mais detalhes podem ser encontrados no site da fundação: www.icla.org