Brasileira luta na justiça para buscar os filhos levados para o Brasil sem autorização

Por Arlaine Castro

filhos Viviane Leite facebook. 4 NY
  • O caso de Viviane envolve também violência doméstica e as leis de imigração dos Estados Unidos.

Questionada sobre alguém da família poder representá-la e pegar as crianças no Brasil ou ela simplesmente voltar para o país natal, Viviane explica que sua família não possui visto americano e não tem muito contato com as crianças e ela prefere, por segurança dos filhos, trazê-los para os Estados Unidos, onde estarão mais seguros. “Aqui eles terão mais oportunidades com melhor ensino e qualidade de vida”, defende.

Violência doméstica Viviane entrou pela primeira vez nos Estados Unidos em 2004. Conheceu o ex-marido em New Jersey e teve o filho mais velho em 2008. Seis meses depois, o marido foi deportado e ela também voltou para o Brasil. Em 2010, mesmo sofrendo agressões domésticas, teve o segundo filho no Brasil e em 2014 a família voltou aos Estados Unidos.

Ainda sofrendo agressão, Viviane denunciou o ex-marido à polícia de NJ, que o prendeu por violência doméstica, mas soltou mediante fiança. ela então entrou com pedido de ordem de restrição, mas quando o ex-marido foi buscar seus pertences para sair da casa, mesmo acompanhado por policiais, conseguiu pegar junto todos os documentos dos filhos que estavam numa pasta. "Foi quando ele conseguiu pegar as crianças e fugir para o Brasil, em fevereiro de 2016", relata. Seis meses depois, o ex-marido retornou sozinho aos Estados Unidos pela fronteira e como era procurado pelo sequestro dos filhos, foi preso em New Jersey, onde aguarda o processo.

Em contato com a justiça brasileira responsável pelo caso de Viviane, Lalisa Froeder Dittrich, Coordenadora do Núcleo de Subtração Intermacional de Crianças da Autoridade Central Administrativa Federal, informou ao GAZETA que o processo tramita em sigilo e por lei não pode dar informações específicas quanto ao caso. Segundo a coordenadora, o processo está com o poder judiciário e “o governo brasileiro, assim como o norte-americano, estão tomando as providências para que sejam emitidos documentos que permitam que as crianças retornem aos EUA”.