Brasileira luta para trazer os pais aos EUA após morte do filho pela babá

Por Gazeta News

Um relato desesperador da goianense Sara de Oliveira Pereira, de 29 anos, moradora de Dallas, no Texas, postado há poucos dias na internet, trouxe à tona um triste caso. Segundo ela, seu filho Antônio Neto de Oliveira Souza, de 1 ano e 4 meses, foi assassinado em janeiro deste ano em casa e a suspeita principal é a babá. Desde então, os pais do garoto lutam por justiça e além disso, Sara luta para trazer seus pais, que moram em Goiás, para ajudá-la a passar por esse momento difícil. Em entrevista ao Gazeta News, Sara disse que seus pais tiveram o visto negado três vezes e eles estão tentando toda ajuda possível para mudar a situação. "Mesmo levando todos os papéis da investigação, eles não conseguiram. Então estamos tentando ver se conseguimos alguma ajuda pra tentar reverter isso", contou. Segundo Sara, nesses últimos dias eles conseguiram advogados para tratar do caso. "Graças a Deus, já conseguimos uma ótima equipe de advogados que se prontificou a pegar o caso", explicou. Morte de criança não vacinada na FL reacende debate sobre vacinação infantil Sara e os pais recorreram ao Itamaraty que informou que está ciente do caso, já tendo entrado em contato com familiares da vítima nos EUA e no Brasil" e que está "prestando a assistência possível". O órgão completou ainda que, em respeito à legislação vigente sobre privacidade, não pode fornecer mais detalhes sobre o caso. Em seu relato na internet, Sara descreve que não tem familiares nos EUA e por isso precisa muito dos pais ao seu lado para conseguir passar por tudo. “Eu não tenho feito muito. Ainda ando muito emotiva e com isso minha cabeça as vezes não funciona bem. Queremos ajuda pra trazer meus pais, pois ainda vamos enfrentar um julgamento”, desabafou. De acordo com o jornal Mais Goiás, em razão do julgamento, Sara e o marido Patrick não podem deixar o país e os pais dela já moraram nos EUA por 16 anos e ultrapassaram o prazo de permanência, fato que dificulta a emissão do visto hoje. Na terça-feira, 2, o Itamaraty pediu que os pais façam novamente a solicitação para entrevista e os informem da data. Apesar disso, não deram garantia do resultado. "Tudo o que eu mais queria era estar com meus pais de volta, onde poderíamos ter forças para enfrentarmos (sic) tudo isso juntos', escreveu. Daycare em Downtown Miami fecha após morte de 2 crianças O crime O crime ocorreu no dia 17 de janeiro deste ano. Segundo relato de Sara, ela teria saído para trabalhar e deixado o garoto com a babá, uma amiga americana de 24 anos, como sempre fazia. Porém, antes de chegar ao trabalho, ela recebeu uma ligação da babá dizendo que o garoto não estava respirando. O marido voltou primeiro em casa e levou o garoto ao hospital, onde tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. Até então, segundo Sara, eles acreditavam que a morte teria sido acidental. Mas o laudo médico que foi liberado há poucos dias informou que o bebê foi atingido por um objeto não identificado, jogado ao chão e asfixiado. A babá foi presa dez dias depois do crime, fato que chocou a família. “Foi um choque muito grande, foi uma rasteira, na verdade, muito grande. E vindo de uma pessoa que a gente conhecia, que a gente já conhecia, que já tinha um relacionamento próximo”, lamentou.