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O juiz federal responsável por sentenciar a ex-diretora da Imigração, Lorraine Henderson, 54, acusada de empregar a diarista brasileira, Fabiana Bitencourt, e incentivá-la a permanecer no país ilegalmente, quer saber se a Imigração concedeu o green card para a empregada. Ela ajudou os investigadores usando um microfone escondido no corpo para gravar a conversa com a ex-patroa.
Henderson era diretora da Imigração em Boston, responsável pela segurança nas fronteiras, incluindo o Aeroporto Internacional de Logan. O caso ganhou repercussão nacional quando o próprio departamento onde trabalhava descobriu que ela usava os serviços de uma imigrante indocumentada.
A brasileira Fabiana Bitencourt, que morava na cidade de Peabody, usou um microfone na roupa para gravar a conversa sobre o seu status no país. Bitencourt também testemunhou contra a ex-patroa na corte. Os promotores alegaram que Henderson ignorou um alerta em 2006 de que a diarista estava indocumentada no país e que ela continuou a pagar a brasileira por um mês após ter tido conhecimento do fato.
Três meses depois de sua condenação, em março de 2010, o juiz federal Douglas Woodlock criticou os promotores por acabarem com a vida de Henderson. Ao invés de sentenciar Henderson, ele ouviu o pedido do advogado de defesa que aprensentou uma moção para absolver sua cliente ou conceder um novo julgamento.
Woodlock não sentenciou Henderson no dia e ficou com a moção para uma revisão futura. Dois anos depois ele ainda não tomou uma decisão.
Os promotores apresentaram por duas vezes um pedido para que o juiz anunciasse a sentença. No dia 17 de abril, Woodlock enviou uma ordem aos promotores para preencher um relatório até o final da semana, explicando se houve alguma promessa de recompensa ou incentivos oferecidos para que a brasileira cooperasse com os promotores. Como resposta, soube-se que a brasileira recebeu uma autorização de trabalho que já foi renovada quatro vezes.
Segundo os promotores, com o pedido da defesa de conceder um novo julgamento ainda pendente, ele queriam ter certeza que Bitencourt permanecesse no país caso fosse necessário seu depoimento no julgamento.
Durante este período, ela também teve um filho que é cidadão norte-americano.
Henderson, que tinha um salário de $140 milpor ano no seu emprego, agora trabalha na loja PetSmart e tem uma companhia na sua casa para ajudar com as despesas.
