Brasileira realiza trabalho voluntário de limpeza para pessoas com necessidades

Por Gazeta News

Cleo e o marido Johnny, que foram auxiliados por Geovana em momentos dificeis

Uma brasileira vem se destacando na região devido à forma inusitada de solidariedade que desenvolveu para ajudar brasileiros em necessidade. Trata-se de Geovana Barbosa, 36 anos, moradora de Boca Raton, que tem 4 filhos e mora nos Estados Unidos há 20 anos. House cleaner há 4 anos, ela passou a usar mop e produtos de limpeza como “instrumentos de terapia” para ajudar conterrâneos.  “Porque uma faxineira é um pouco psicóloga também”, justifica Geovana, que começou a fazer limpeza de casa voluntariamente em 2010, quando uma de suas clientes, já idosa, ficou impossibilitada de pagar pelo seu trabalho. Ela resolveu continuar fazendo, sem receber. “Mas a cliente não aceitou. Acho que os americanos ficam incomodados em ter alguém trabalhando para eles de graça”, conta.

Mas o gesto fez bem para ela mesma, que não hesitou em oferecer seus serviços de graça para outras pessoas. Por já ter passado por uma fase de dificuldades  na sua vida, entende a situação que muitos brasileiros - especialmente mulheres - passam. “É impressionante como tem pessoas em depressão na nossa comunidade. Pessoas que apreciam não somente a limpeza, mas a atenção e o carinho”, ressalta. Daí começou sua missão.

Uma das beneficiadas foi a curitibana Cleo Medeiros, 44 anos.  Em 2012, o marido

[caption id="attachment_75980" align="alignright" width="300"] Cleo e o marido Johnny, que foram auxiliados por Geovana em momentos dificeis[/caption]

Johnny Medeiros, 42 anos, recebeu um diagnóstico de câncer de fígado e durante um tempo Cleo teve que manter a casa sozinha, ficando sem ânimo e tempo para limpar sua casa. Um dia recebeu uma mensagem da Geovana, sua ex-vizinha, se oferecendo para judar. “Ela foi um anjo naquele momento difícil. Meu marido estava saindo do hospital e eu pedi que ela limpasse somente a suíte, para acomodar o Johnny. Mas ela limpou a casa toda, como se tivesse recebendo para isso. Meu marido até se emocionou”, conta Cleo, que nos últimos dois anos viu o marido ser internado 14 vezes. Só nos últimos dois meses foram 9 cirurgias para evitar a amputação de uma das pernas, que sofreu trombose.