Brasileira reencontra filho após separação na fronteira dos EUA

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_167580" align="alignleft" width="300"] Foto: Las Americas Immigrant Advocacy Center.[/caption] O reencontro depois de mais de oito meses entre Jocelyn, uma imigrante brasileira de 31 anos, e seu filho James, de 14 anos, virou mais uma notícia que se soma à estatística daquelas sobre famílias separadas na fronteira entre Estados Unidos e México. O governo tem apertado o cerco e pretende desencorajar os pais de cruzarem ilegalmente ou tentar solicitar o asilo. Realizado no aeroporto de El Paso, no Texas, na última terça-feira, 05, depois de mais de 8 meses detidos e separados, mãe e filho puderam finalmente se abraçar. Jocelyn atravessou ilegalmente a fronteira com o filho perto de El Paso no Texas em agosto do ano passado para pedir asilo nos Estados Unidos para ela e para o filho por violência doméstica, quando foi detida. Ela foi então separada do filho, que foi levado para um abrigo para menores em Chicago e ela para uma prisão em El Passo, no Texas. Três semanas após sua detenção, Jocelyn foi libertada, mas não conseguiu reaver o filho no mesmo período. Ele estavasob a supervisão do Escritório de Reassentamento de Refugiados dos EUA e os dois podiam se falar apenas uma vez por semana,contou a brasileira à rede ABC News. Brasileira separada do filho na fronteira indica mudança do DHS em pedidos de asilo “Eu não sabia o que iria acontecer com a gente”, disse ela. “Passei a noite chorando porque queria que James fosse protegido e não sabia o que iria acontecer com ele”. Jocelyn esteve na custódia criminal federal dos EUA por quase um mês por sua acusação de contravenção ao entrar ilegalmente no país e depois passou outros seis meses em instalações de detenção de imigrantes. Ela tem vivido em um abrigo no oeste do Texas administrado por uma organização sem fins lucrativos que protege os direitos humanos. Acompanhe a entrevista feita após o reencontro. Crédito: ABC News. Mudanças na lei Famílias de imigrantes como a de Jocelyn não eram separadas. Geralmente respondiam a processo administrativo em tribunais de imigração, mas eram mantidas unidas ou recebiam avisos para comparecer nos últimos processos judiciais. A administração Trump argumentou que, sob sua política de "tolerância zero" para combater a imigração ilegal, as famílias estão sendo separadas porque os pais estão violando a lei e precisam ser punidos, e seus filhos não podem ser presos com eles. Com a ajuda de advogados da American Civil Liberties Union, Jocelyn está processando o governo em nome de si mesma e de centenas de outras famílias que foram separadas, argumentando que o governo não tem o direito legal de manter famílias separadas quando os pais forem libertados da custódia sem justificativa suficiente. Um juiz ainda tem que decidir no caso. Em uma moção apresentada no mês passado para rejeitar o caso, o U.S. Immigration and Customs Enforcement (Imigração e Alfândega dos EUA) argumentou que tais casos “servem ao propósito legítimo de permitir que o governo cumpra sua função de imigração e criminal” e que “os queixosos não forneceram nenhuma base para concluo que há um devido processo legal à unidade familiar que proibiu a separação”. Brasileira separada do filho na fronteira indica mudança do DHS em pedidos de asilo