Brasileira que tentou matar filho é descrita como depressiva, mas uma mãe exemplar

Por Simone Raguzo

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Amigas da brasileira Maisa Alvarez, presa em Lake Wales, na Flórida, no dia 12, por ter esfaqueado o filho de apenas sete anos, enquanto ele dormia, mostram-se inconformadas com a atitude da brasileira.

Para uma delas, identificada como Maristela ao escrever ao GAZETA, “algum problema psicológico causou esta tragédia”. “Sou amiga da Maisa, fui sua professora na universidade. Pessoa meiga, atenciosa, de um respeito enorme pelo outro. Esteve em minha casa no ano passado, quando visitou o Brasil”.

Maristela pede que as pessoas não julguem Maisa. “É preciso que ela e sua família sejam ajudados. Que Deus oriente a todos. Não tenham dúvidas, é uma pessoa de ótima índole, de formação. Uma pessoa muito querida por todos os que sempre conviveram com ela. Cuidado ao julgar este drama humano”.

Keila Parra Alves, outra amiga de Maisa, escreveu ao GAZETA que sabia que a amiga sofria de depressão. “Não posso acreditar, conheço Maisa há algum tempo, como toda sua família. Estive em sua casa na Flórida, há dois anos. Soube que ela passava por depressões. Tenho certeza que ela deve ter sofrido alguma crise psicótica ou algo assim para ter feito isso. Maisa é uma amiga, mãe exemplar, muito educada e afetiva com todos”.

Maisa Alvarez, 42 anos, é natural de Araraquara (SP), onde atuava como professora. Há dez anos ela mora com o marido, engenheiro de uma processadora de suco, nos Estados Unidos. Atualmente eles residem em Lake Wales, no condado de Polk, na Flórida.

Crime Maisa está presa desde o dia 12, sob a acusação de tentar matar o filho de sete anos enquanto ele dormia, dentro da casa da família. Ela responderá criminalmente por tentativa de assassinato e abuso de menor.

De acordo o relatório da polícia local, Maisa teria dito que ouviu ‘vozes’ mandando matar o menino.

Segundo os investigadores, o menino acordou enquanto a mãe o acorrentava, o que a levou a esfaqueá-lo de repente. “A criança tentou se defender do ataque e, como resultado, também ficou ferida nos braços”, diz a polícia de Lake Wales em um comunicado.

A mulher teria afirmado que só se deu conta de seu ato quando o filho perguntou: “o que você está fazendo mamãe?”.

A própria mulher que ligou para a polícia para falar o que havia ocorrido. Quando chegou à casa da brasileira, os policiais encontraram muito sangue pela cama, no chão e sobre a mulher.

O filho da suspeita foi levado para um hospital em Orlando, onde já foi liberado e está sob os cuidados do pai.

O vice-chefe do Departamento de Polícia da cidade disse que a brasileira estava calma quando foi interrogada. “Não houve emoções. Ela tinha um olhar vazio e perdido”, conta Trey Schultz.

* Com colaboração