No dia 15 de maio deste ano, a brasileira Alessandra de Sousa, 33 anos, foi surpreendida com uma notícia que ninguém deseja receber: seu filho Lucas Fernandes, de 3 anos, foi diagnosticado com leucemia grau 3.
A capixaba, natural de Vitória (ES), há 13 anos veio para a Flórida. Atualmente mora em Margate e viu sua vida mudar de uma hora para outra. O filho mais novo começou a sentir-se mal, ela percebeu um caroço em sua garganta e o levou ao médico acreditando ser mais uma das rotineiras viroses que acometem as crianças mais novas. O primeiro médico fez um teste na garganta e deu o diagnóstico de inflamação que, com alguns dias e antibióticos, passaria.
Porém, em dois dias Lucas piorou e ela o levou novamente ao hospital em Coral Springs, dessa vez a consulta foi com uma médica que resolveu fazer exame de sangue e descobriu a leucemia. “Ele estava com o nível de plaquetas baixíssimo. Tão baixo que ela logo nos encaminhou ao Broward Center General e no mesmo dia ele já recebeu uma dose de quimioterapia. Tudo aconteceu tão rápido que quando demos conta ele já estava internado e recebendo quimioterapia”, disse.
Segundo explicação dos médicos, a leucemia que atacou Lucas pode ocorrer de uma hora para outra e não há um motivo específico externo, como alimentação ou remédio, etc, mas, devido às células doentes que vão “corroendo” as boas e provocam aumento de glóbulos brancos e diminuição dos glóbulos vermelhos. Alessandra conta que o filho não precisará passar por transplante já que o exame da medula indicou negativo para a doença, que está no sangue.
Tratamento
Desde o diagnóstico, Lucas já fez umas oito sessões de quimioterapia e, como o Medicaid não cobre totalmente o tratamento, a família teve que desembolsar mais de 7 mil dólares com as despesas iniciais do hospital. “A médica nos instruiu a cadastrá-lo para o Florida Kid Care, que deve cobrir o tratamento, mas enquanto isso não acontece ele precisa das sessões e estamos tirando do nosso bolso mesmo”, enfatiza.Alessandra tem mais dois filhos, Gabriela, 12 anos, e Nicolas, de 8. Como trabalhava como autônoma como depiladora e manicure, precisou parar para acompanhar o filho. “Ele fica muito debilitado após a quimioterapia. Nem andar direito sozinho ele consegue. Preciso apoiá-lo o tempo inteiro. Conto com amigos que levam meus outros filhos para passear e ficam com eles o máximo de tempo possível”, explica. O marido de Alessandra e pai de seus três filhos, Maguino Fernandes da Silva, 37 anos, trabalha com construção e por enquanto não precisou sair do trabalho.
Pães doces caseiros
A mãe de Alessandra, Maria Madalena Alves, 50 anos, veio do Espírito Santo tão logo soube da doença do neto e, para ajudar a pagar o tratamento, começou a fazer pão doce caseiro para ajudar a filha. “Começamos há pouco e ainda estamos nos estruturando. O problema é que as pessoas precisam vir buscar aqui porque eu preciso sair com meu filho para a clínica ou hospital e não dá para fazer entregas”, completa Alessandra. O pão está sendo vendido por $8 dólares e tem o tamanho de um pão-de-forma comum.De acordo com os médicos, o tratamento de Lucas deverá ser feito durante três anos, e, por enquanto, a brasileira pretende continuar com a venda dos pães e criou uma campanha online para ajudar. “Fomos pegos de surpresa e como tudo aqui que envolve tratamento de saúde é caro, estamos preocupados”, ressaltou.
Quem quiser comprar os pães e ajudar a família pode entrar em contato pelo telefone (954) 773-5706 ou pela página de Facebook (Alessandra de Souza).
Para fazer doação online, acesse youcaring.com/3yearoldlucasfernandes