Brasileiro acusado de matar os pais e sobrinha é considerado incapaz de enfrentar julgamento

Por Gazeta News

O brasileiro acusado de esfaquear e matar seus pais e a sobrinha de três anos em 2011, em New Jersey, foi mais uma vez considerado incapaz de enfrentar julgamento.

“Meu cliente sofre de severas alucinações”, disse o advogado Joseph Russo, em audiência no dia 6, em relação a Carlos Campos Trinidad Jr., que tinha 23 anos na época do trágico assassinato de sua família.

Carlos é acusado da morte de seu pai, Carlos A. Campos Trinidad Sr., de 56 anos; sua mãe, Ruth L. Pereira, de 58 anos; e sua sobrinha de 3 anos, Gabriella Morales, dentro da casa deles em Hamilton Street, no dia 16 de agosto de 2011.

“O Sr. Campos é um psicótico ativo e incapaz de participar racionalmente do julgamento”, disse Russo durante a audiência, enquanto seu cliente, que olhava para o nada. “Uma pessoa que não é competente não pode ser julgada”.

Seis meses antes do homicídio, Carlos foi avaliado no Hospital Universitário de Newark, quando ele “disse que acreditava estar vivendo em um programa de TV e que estava sendo treinado por um amigo para se juntar a uma sociedade secreta”, dizem documentos judiciais.

  De acordo com o depoimento de uma testemunha, Carlos sofre de severas alucinações, acredita que recebe ordens para matar, que ele é controlado por uma sociedade secreta chamada “Illuminati” e não tem controle sobre sua vida.

Logo depois do assassinato, Carlos foi preso e diagnosticado com esquizofrenia ou distúrbio psicótico quatro vezes, entre 18 de maio de 2012 e 10 de junho de 2014.

No entanto, um psiquiatra do estado diagnosticou Carlos como esquizofrênico, mas concluiu que ele era competente para ir a julgamento em novembro do ano passado e março deste ano. Mais tarde, dois psiquiatras da defesa foram ao contrário, dizendo que Carlos era incapaz.

Na audiência do dia  6, John Young, juiz da corte superior de Hudson County, disse que foi convencido pela defesa e pediu uma nova audiência para verificar o status do brasileiro a cada seis meses.

O caso

De acordo com as investigações, na manhã do crime, Carlos e o pai teriam discutido. O pai levou uma facada no pescoço e não havia indícios de tentativa de defesa. Ele teria sido o primeiro a ser morto. A mãe foi encontrada morta com uma facada no pescoço e no peito, no corredor, fora do quarto e detetives acreditam que ela havia corrido para ver o que estava acontecendo.  Mas ela tinha marcas de tentativa de defesa, quando teria tentado impedir o ataque, disseram autoridades. A menina de três anos deve ter sido a última a ser morta. Acredita-se que Carlos usou uma faca de cozinha. Fonte: NJ.com.