Uma professora americana e um advogado brasileiro, herdeiro de uma das famílias mais ricas do Brasil, disputam na Justiça quem fica com os quatro filhos.
Ela relata uma vida de terror, de violência e de ameaças contra ela e as crianças. Mesmo assim, a guarda está com o pai. As informações são do “Fantástico”.
Tiffany Fontana, de 48 anos, vive em São Paulo e relata que ela e seus filhos sofreram maus tratos do ex-marido. O casal tem três meninas, com idades entre 11 e 15 anos, e um menino de oito anos. Para ela, a Justiça brasileira errou ao dar a guarda das crianças ao pai.
Tiffany e Oliver Fontana se conheceram em Los Gatos, na Califórnia há 20 anos. Os dois começaram a namorar e Oliver se mudou para os Estados Unidos e eles se casaram em 1998. As três filhas nasceram nos EUA e o menino nasceu em São Paulo, para onde se mudaram em 2002.
Ajuda do consulado
Sua família nos EUA ficou sabendo das agressões e procurou ajuda no consulado americano em São Paulo, que acionou a Justiça.Em 2008, depois que o consulado americano pediu que um psiquiatra a examinasse, o laudo recomendou que ela e os filhos saíssem da convivência doentia. Tiffany seguiu com os filhos para os EUA, onde ficaram por três anos. Oliver não pôde encontrá-los, pois teve o visto americano negado.
Com a promessa de que ele teria mudado, Tiffany voltou para o Brasil com os filhos. No entanto, a mãe afirma que as agressões contra ela e as crianças continuaram. Em 2010, Oliver Fontana entrou na Justiça e, mesmo com os relatos da mulher, conseguiu a guarda das crianças.
A única explicação para a perda da guarda é um laudo psiquiátrico que afirma que ela tem um transtorno. Mas a americana nega e teve um laudo diferente de outra psiquiatra. Em visitas aos filhos, Tiffany diz que teve indícios que eles ainda sofrem violência. A defesa de Oliver nega as acusações.
A situação de Tiffany já está sendo analisada por um deputado dos Estados Unidos, Chris Smith, que atua na área de Direitos Humanos. O Claden, Comitê Latino-Americano e do Caribe para a defesa dos direitos da mulher, também está pedindo providências do Ministério da Justiça e do Poder Judiciário de São Paulo.