Brasileiro condenado à morte ainda pode recorrer

Por Gazeta Admininstrator

Três brasileiros estão presos na Indonésia por tráfico de drogas
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 44 anos, condenado à morte na Indonésia, sob acusação de narcotráfico, ainda pode recorrer ao Supremo do país, segundo o ministro-conselheiro José Soares, que está à frente da Embaixada do Brasil em Jacarta.
"Existe uma segunda oportunidade de pedido de clemência. O condenado pode pedir a reconsideração. Eu imagino que esse seja o caminho".

O pedido seria apresentado na primeira instância da justiça indonésia, depois seria enviado para a Suprema Corte para então passar, novamente, ao presidente Bambang Yudhoyono.

Nesta quinta-feira, Yudhoyono, negou o pedido de clemência do brasileiro, que Marco Archer Cardoso Moreira, preso em 2003 pelo porte de 13,4 kg de cocaína.

A droga foi encontrada dentro de seu equipamento de asa-delta.

Segundo José Soares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou duas cartas ao presidente da Indonésia reforçando o pedido clemência do brasileiro.

Fuzilamento

Soares vê como um "possibilidade distante" a execução da sentença do brasileiro, que seria morto a tiros por um pelotão de fuzilamento.

"Existem cerca de outros 30 presos nessa mesma situação, sendo que alguns foram condenados até dez anos antes do brasileiro. Imaginamos que esse caso não teria nenhuma razão especial para saltar os outros."

Soares disse que o governo brasileiro está "observando" o processo.

"Vamos conversar com as autoridades para ver quais são as possibilidades, discutir qual é o melhor caminho", afirmou.

O ministro-conselheiro comentou que mantém contato frequente com a advogada de Moreira, Mona Lubuk, e com o próprio brasileiro.

"Ele está psicologicamente estável. Ele tem um temperamento positivo", descreveu Soares.

Além de Moreira, outros dois brasileiros estão presos na Indonésia acusados de tráfico de drogas.

Um deles cumpre pena de 11 anos de prisão, enquanto o outro enfrenta uma situação similar à de Moreira. Ele foi condenado à morte e perdeu na primeira instância da justiça indonésia o pedido de revisão da pena. O caso ainda passará para a segunda instância.

Moreira era instrutor de asa-delta e de pára-quedas no Rio de Janeiro e freqüentemente viajava para Bali, na Indonésia.