Brasileiro no corredor da morte na Indonésia ainda não acredita na sua execução

Por Gazeta News

Mesmo com o nome entre a lista de pessoas que serão executadas na Indonésia, Rodrigo Gularte diz que acredita que sua execução é parte de uma mentira, segundo com seus familiares. O paranaense, de 42 anos, foi condenado à morte em 2005, um ano depois de ser preso no aeroporto de Jacarta com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Na Indonésia, a pena para o tráfico de drogas é a morte por fuzilamento.

Gularte está na prisão de Nusakambagan, conhecida como “Ilha da Morte”, à espera de uma definição sobre sua execução. No ano passado, ele foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e, segundo seu advogado de defesa, a legislação Indonésia não permite a execução de um preso que não esteja em suas plenas condições mentais. O governo indonésio, no entanto, ainda não anunciou uma decisão para o caso.

De acordo com a família, ele passa a maior parte do tempo na prisão sozinho, conversando com paredes, fantasmas e “ouvindo vozes de satélites”. Parentes aguardam o resultado de uma segunda avaliação médica, feita na semana passada, a pedido das autoridades indonésias. Esse é o último recurso para tentar livrá-lo da morte.

A família tenta que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico. Segundo o porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, Tony Spontana,  à BBC, autoridades ainda aguardavam os resultados deste último exame.