Brasileiro disse que teria matado companheira por amor

Por Gazeta News

Marcello Almeida, acusado de assassinar a facadas a companheira Patrícia Fróes, de 24 anos, no dia 26, disse que matou por amor. A declaração teria sido feita diante da companheira de apartamento da vítima que presenciou o crime. As informações são do “Comunidade News”.

A testemunha correu para fora do apartamento e viu quando Almeida esfaqueava Fróes enquanto ela gritava para que ele parasse. Ao ver a testemunha, o assassino teria dito para ela “eu fiz isso porque eu a amo. Eu tive que fazer isso com ela.” Deitado em uma cama do South Shore Hospital, onde ele recebeu tratamento devido a ferimentos que, segundo a justiça, foram provocados por ele mesmo, o brasileiro se declarou inocente das acusações na presença dos oficiais de justiça que oficializaram a acusação de assassinato em primeiro grau.

O assistente da promotoria, Sharon Donatelle, disse que Almeida tinha ficado irritado com Fróes porque ela teria mentido para ele sobre ir a um rodeio. Amigos disseram que a relação dos dois era abusiva e que Fróes teria recentemente terminado o relacionamento.

Segundo as autoridades, Almeida vivia sem documentos no país e teria entrado ilegalmente pela fronteira com o México diversas vezes. Os investigadores encontraram dois passaportes em seu apartamento. Um teria um número do visto que foi emitido para uma mulher do Kuaiti. O outro era válido, mas não havia indicação de que ele teria entrado no país legalmente.

O advogado do brasileiro escolhido pela Corte, Jack M. Atwood, disse que seu cliente estava bebendo na noite anterior na casa de um amigo e que Fróes teria ido ao rodeio com dois outros homens.

“Eu acho que o caso é de traição e inveja”, disse Atwood. Ele acrescentou que a acusação correta seria de assassinato culposo, quando não há intenção de matar.

Ele ainda disse que a origem do conflito entre o casal não era abuso, mas o fato de que Fróes sentia que Almeida era negligente com ela devido as longas horas que trabalhava.

A juíza Rosemary Minehan determinou que Almeida ficasse detido sem direito a fiança e proibido de ter qualquer contato com as testemunhas do caso, exceto com o seu advogado. Ela também determinou que ele fosse enviado para o Bridgewater State Hospital para um exame de sanidade.

O brasileiro deverá comparecer à Corte no dia 27 de outubro.

Seu advogado se recusou a comentar sobre o status imigratório do seu cliente e nem sobre seu estado mental. Ele disse entretanto que “infelizmente para ele, este senhor se tornará um exemplo de maus estrangeiros”.