Brasileiro é condenado no caso da Telexfree em Massachusetts

Por Gazeta News

FILE PHOTO: Cleber Rene Rizerio Rocha, 28, whose arrest on January 4, 2017 led U.S. authorities to discover $17 million hidden under a mattress, is seen in this image from a video of an interrogation. Courtesy U.S. Attorney’s Office in Massachusetts/Handout via REUTERS/File Photo
[caption id="attachment_160512" align="alignleft" width="382"] Courtesy U.S. Attorney’s Office in Massachusetts/Handout via Reuters/File Photo.[/caption]

O brasileiro Cleber Rene Rizerio Rocha, 28, foi condenado a quase três anos de prisão por tentar lavar dinheiro ligado a um esquema de pirâmide financeira conhecido comoTelexFree, em Massachusetts.

O caso repercutiu ainda mais depois que Rocha foi pego em flagrante e os policiais descobriram cerca de $17 milhões de dólares embaixo do colchão em Westborough (MA). Ele confessou seus crimes e ajudou as autoridades americanas na investigação do caso.

Em julgamento na quinta-feira, 8, o brasileiro foi condenado a quase três anos de prisão por tentar lavar dinheiro ligado ao esquema de pirâmide financeira. Rocha foi preso em janeiro de 2017 e se declarou culpado pelos crimes de conspiração e lavagem de dinheiro em uma audiência em janeiro deste ano. Raymond Sayeg, advogado que representa o brasileiro, argumentou que ele não deveria cumprir mais do que os 13 meses que ele já cumpriu desde sua prisão, informou a Reuters.

Porém, para os promotores federais em Boston, Rocha desempenhou papel-chave em atividade ilícita ao atuar como mensageiro e custodiante de dinheiro de um esquema de pirâmide que o co-fundador da TelexFree Carlos Wanzeler escondeu.

Ele teria vindo aos Estados Unidos em várias ocasiões para ajudar a recuperar dinheiro que um co-fundador da TelexFree deixou para trás quando fugiu do país, afirmou o promotor Andrew Lelling.

Ao determinar a sentença de 33 meses de prisão, o juiz Leo Sorokin deu crédito a Rocha por ter colaborado com as autoridades ao menos inicialmente, ao ajudá-las a localizar o apartamento em Westborough onde os US$ 17 milhões foram encontrados. “É essencialmente uma cooperação imperfeita, pode-se dizer, e essa cooperação revelou um montante gigantesco de dinheiro”, disse.

A Telexfree

A polícia investigava o esquema há anos e descobriu que a TelexFree, com sede em Marlborough (MA), funcionava como um esquema de pirâmide financeira, e quase não lucrava com as vendas do sistema de telefonia VOIP que dizia ser o objetivo, segundo os promotores. A empresa arrecadou milhões de dólares de milhares de pessoas que eram recrutadas sob a promessa de que ganhariam dinheiro. A Telexfree foi fundada pelo americano James Merrill e o brasileiro Carlos Wanzeler – que fugiu para o Brasil.

Sediada em Massachusetts, a TelexFree faliu em 2014, provocando 3 bilhões de dólares em perdas para quase 1,89 milhão de pessoas em todo o mundo, disseram promotores.

A TelexFree era uma empresa de venda de telefones pela internet, que, segundo os promotores, fazia pouco ou nenhum dinheiro vendendo seus serviços, mas recebeu milhões de dólares de milhares de pessoas que pagavam para se cadastrar para ser “promotores” e publicar anúncios online para a companhia.

James Merrill, outro cofundador da TelexFree, foi preso em maio de 2014 e sentenciado a 6 anos de prisão em março de 2017, depois de se declarar culpado das acusações de fraude e conspiração.

Wanzeler, que é cidadão brasileiro, fugiu para o Brasil em 2014 e não pode ser extraditado. Ele deixou para trás dezenas de milhões de dólares que lavou de contas da TelexFree, disseram os promotores.

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