Brasileiro é condenado por tráfico humano em New Jersey

Por Gazeta News

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Um juiz federal condenou, no dia 13, um brasileiro a 46 meses de prisão sob a acusação de liderar uma gangue internacional de tráfico humano, que teria trazido centenas de imigrantes indocumentados, provenientes principalmente dos estados do Paraná e Goiás, para os Estados Unidos, incluindo mulheres que trabalhavam como dançarinas em boates ou como prostitutas para pagar a passagem. As informações são do "Boston.com" e outras agências de notícias.

Nacip Teotônio Pires, que usaria também os apelidos de 'Zé Maria' e 'Baraso', foi preso em New Jersey, em junho de 2011 com outros quatro cúmplices, todos brasileiros que estão no país ilegalmente. Uma sexta integrante da gangue, uma brasileira conhecida apenas como Priscila, está foragida.

Claudinei Pereira Mota, de 35 anos, Francismar Da Conceição, de 37, e Rubens da Silva, de 40, também se declararam culpados. Sanderlei Alves da Cruz, de 33 anos, foi indiciado e tem o caso pendente.

De acordo com documentos oficiais do processo contra Pires, ele e seus comparsas teriam agido entre 2008 e 2011 levando imigrantes indocumentados a New Jersey, Texas e Massachusetts.

Eles cobrariam entre $13 mil e $25 mil dólares para levar os imigrantes, dependendo da rota usada e da forma de pagamento - antecipado ou em prestações após a chegada aos Estados Unidos.

Segundo a acusação, o grupo levava os imigrantes usando basicamente dois caminhos. No primeiro, as pessoas eram levadas por via aérea ou marítima a ilhas caribenhas de St. Marteen ou Bahamas e de lá seguiam, também por via aérea ou marítima, para a Flórida ou para Porto Rico.

No segundo, elas iam de avião de São Paulo para a Cidade do México ou outro local da América Central, de lá seguiam para abrigos próximos à fronteira e cruzavam para os Estados Unidos à pé.

A gangue é acusada também de ameaçar atos de violência contra familiares dos imigrantes no Brasil ou de tomar propriedades dos imigrantes que não pagassem em dia as parcelas da dívida pelo transporte.

Muitas mulheres jovens eram obrigadas a trabalhar como dançarinas em clubes de striptease ou a se prostituírem para pagar suas dívidas.

As investigações sobre a gangue, que envolveram grampeamento de telefones celulares, pelos quais eles negociavam os transportes, foram iniciadas após a denúncia feita por um dos clientes do grupo.