Brasileiro é detido pelo ICE por mentir em entrevista de cidadania na FL

Por Gazeta News

Venceslau detido imigração mugshot
[caption id="attachment_160470" align="alignleft" width="300"] Sidnei Augusto Venceslau, de 45 anos. Imagem: Mugshots.[/caption] Uma mentira no formulário para se tornar um cidadão dos EUA colocou um brasileiro que mora no sul da Flórida há mais de uma década em problemas legais mais uma vez. Sidnei Augusto Venceslau, de 45 anos, foi acusado, no final de dezembro de 2017, de obter ilegalmente sua cidadania e usar evidências no processo de naturalização. Ele agora enfrenta um julgamento em um tribunal federal de Miami em que ele pode ser condenado a uma pena máxima de 10 anos de prisão, se for considerado culpado. De acordo com documentos arquivados em tribunal, Venceslau entrou nos Estados Unidos legalmente em 2004 e se tornou um residente legal um ano após sua chegada. Porém, de acordo com a declaração de juramento, Venceslau mentiu em uma das perguntas do formulário N-400 apresentado por ele em maio de 2008 para iniciar o processo de cidadania e repetiu a mentira durante várias etapas do processo, conforme divulgado pelo Miami Herald. Ao responder a pergunta No. 15: "Você já cometeu um crime ou uma ofensa pelo qual você não foi preso?" o brasileiro disse "não” . Venceslau confirmou durante sua entrevista com um agente de imigração em janeiro de 2009 que ele não tinha "nenhuma prisão, nenhum DUI, [ou] outras ofensas", de acordo com documentos judiciais. As autoridades de imigração descobriram a afirmação falsa oito anos depois de Venceslau se tornar um cidadão americano. Venceslau foi condenado em novembro de 2015 a 2 anos e 6 meses em regime fechado e 5 anos em condicional. No entanto, em novembro de 2017, quando seria liberado para cumprir o resto da pena em condicional, foi descoberta a mentira na entrevista para obtenção da cidadania e ele foi detido pelo ICE. A investigação policial revelou que o homem abusou sexualmente de um adolescente por sete anos, de fevereiro de 2008 a março de 2015. O relatório policial de sua prisão em agosto de 2015 indica que um dos incidentes ocorreu durante uma viagem. Depois de se declarar culpado, Venceslau foi condenado a dois anos e seis meses de prisão em Miami-Dade, além de cinco anos de liberdade condicional. Após cumprir o regime fechado, em dezembro de 2017 Venceslau seria libertado para cumprir o resto da pena em condicional, mas foi imediatamente transferido para um centro de detenção do U.S. Immigration and Customs Enforcement, onde permanece.