Brasileiro é diagnosticado com tumor no intestino na FL

Por Gazeta News

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Há quatro semanas, mais uma família brasileira na Flórida foi pega de surpresa pelo câncer e enfrenta o alto custo do sistema de saúde americano. O brasileiro Alcides Simões, conhecido da comunidade brasileira no sul da Flórida com o apelido de Tota, foi diagnosticado com ascite maligna - um acúmulo de líquido no abdômen - e precisou ser operado de emergência.

Porém, a doença que acometeu o brasileiro foi causada por um tumor cancerígeno e é muito mais agressiva do que uma ascite comum. (A ascite malignaatinge cerca de 10% das pessoas comascite e é uma condição em que os fluidos que contêm células cancerígenas se acumulam na cavidade abdominal).

Internado há quase um mês, Alcides passou por duas cirurgias e chegou a ir para a UTI. “Após uma semana, ele desenvolveu uma infecção pós-operatória e teve que ser novamente operado devido a outra perfuração. Desta vez, foi diagnosticado com diverticulite (doença que causa inflamação de pequenas pregas formadas no intestino). Ficou na UTI por uma semana e a única maneira encontrada pelos médicos para evitar outras perfurações e infecções foi colocar uma bolsa (colostomia) que só será retirada daqui seis meses”, explica Alexsandra Simões, esposa do brasileiro.

[caption id="attachment_155101" align="alignright" width="300"] Alcides com a esposa e os dois filhos do casal. Foto: arquivo pessoal.[/caption]

Alcides é empresário autônomo e possui uma loja de eletrodomésticos usados, de onde tirava o sustento da família que agora busca meios para equilibrar as contas e o hospital, que, apesar de ter seguro-saúde que cobre 80% do valor cobrado, a conta do hospital está orçada em $200 mil dólares. “Mesmo sendo apenas 20% para a gente pagar, não é pouco”, diz. Mas a preocupação maior, segundo Alexsandra, são também as despesas da loja, e os dois funcionários. “Com toda essa loucura de hospital, a loja está parada há quatro semanas, e os dois funcionários têm famílias que precisam sustentar", explica.

A família está vendendo bens materiais para ajudar. Alexsandra trabalhava em uma escola para crianças carentes em West Palm Beach, mas saiu para se dedicar aos estudos no curso de Law School. “Está sendo difícil conciliar todos os problemas financeiros que estamos passando por conta da falta do trabalho, mas quero agradecer porque mesmo passando por tudo isso, ainda somos abençoados. Estou me esforçando ao máximo para não desistir do curso. Nunca estamos preparados para esse tipo de emergência. Mas somos abençoados por termos amigos que nos apoiam, graças a Deus”, desabafa Alexsandra.

Na Flórida há 25 anos, a família Simões mora em West Palm Beach. O casal tem dois filhos, Nicole, 17 anos e Thales, 9 anos. Os planos da família incluíam a faculdade da filha este ano – que no momento está suspenso porque seu fundo de renda da faculdade está sendo usado para pagar as contas.

Segundo a esposa, Alcides terá alta em breve mas permanecerá com o tratamento e a bolsa para colostomia por 6 meses.

Foi criada uma campanha online para ajudar com as despesas do hospital e familiares. Para ajudar, acesse www.gofundme.com/support-simoes-family