Brasileiro é extraditado para os EUA por fraude de contas bancárias

Por Gazeta News

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O executivo do mercado financeiro, Marcos Eduardo Elias, foi preso na Suíça e extraditado na semana passada para os Estados Unidos, acusado de desviar mais de 750.000 dólares de contas bancárias de brasileiros em Nova York. De acordo com declaração do Departamento de Justiça de Nova York, em junho de 2018, Elias viajou para a Suíça onde foi preso com base em um mandado de prisão provisório por participar de um esquema para obter fraudulentamente mais de US $ 750.000 em instituições financeiras sediadas em Manhattan usando falsas declarações e identidades roubadas de correntistas brasileiros nessas instituições. O executivo está sendo acusado de conspiração para cometer fraude, crime que tem pena máxima de 30 anos de prisão; de fraude de transferência bancária, com pena de 30 anos; de receptação de produto de furto, com 10 anos. Segundo informações do Departamento de Justiça e a investigação conduzida pelo Federal Bureau of Investigation(FBI), Elias se passou por funcionários dos titulares das contas bancárias, e, usando documentos falsos, conseguiu transferir o dinheiro para uma conta controlada por ele em Luxemburgo. Segundo a revista Exame, uma das supostas vítimas do esquema foi o conglomerado varejista Zaffari, controlado pela família gaúcha de mesmo sobrenome. De acordo com a investigação, os acusados teriam mandado e-mails para outros empregados do grupo Zaffari fingindo ser um dos membros do clã, e solicitavam a transferência dos montantes para a conta. Essa conta tinha como titular uma empresa sediada no Panamá que falsamente listava entre seus donos o membro da família Zaffari em questão, mas na verdade era da propriedade de Elias. O advogado norte-americano de Manhattan Geoffrey S. Berman disse que: “o brasileiro Marcos Elias roubou mais de US $ 750.000 de uma instituição financeira de Manhattan por meio de um esquema sofisticado de fraude envolvendo uma empresa de fachada no Panamá e uma conta bancária em Luxemburgo". Além das acusações citadas, Elias também responde outras duas acusações de furto de identidade com agravantes, que têm penas de dois anos cada. Engenheiro mecânico formado pela Universidade de São Paulo, Elias foi economista-chefe do banco francês BNP Paribas e ajudou a fundar a Empiricus em 2010, segundo a revista Exame.