Brasileiro é preso por fabricar e vender green cards falsos em Framingham (MA)

Por Gazeta News

Um brasileiro que mora em Framingham, Massachusetts, foi preso acusado de vender green cards falsos e software para criar os documentos de forma fraudulenta. Segundo os agentes da Homeland Security Investigations que apuraram o caso, houve ajuda de informantes. De acordo com registros do tribunal federal de Boston, Cristiano Ribeiro De Moura foi monitorado de junho a agosto e preso no dia 6 de setembro. Ele é acusado de criar e vender diversos documentos de identificações falsos. Nova regra do DHS pretende limitar concessão de Green Card O agente especial da Homeland Security Investigations, Benjamin Miller, que faz parte da Força-Tarefa de Fraude de Documentos e Benefícios da agência, disse que, em junho, Ribeiro De Moura se comunicou pela primeira vez com os informantes pelo "WhatsApp" e se ofereceu para criar e vender a eles dois 'green cards' e dois cartões de 'Social Security' falsificados, pelo preço de US $ 350 por conjunto. Os informantes não estão nos Estados Unidos legalmente, mas foram colocados em ação diferida - uma espécie de "proteção" temporária contra deportação - por causa da cooperação com as autoridades, segundo o HSI. O flagrante Ribeiro De Moura disse aos informantes que precisava de uma fotografia digital e informações biológicas para fazer os documentos. Os agentes então solicitaram aos informantes que comprassem dois conjuntos de documentos falsificados - green card e social security. Eles encontraram com o brasileiro a primeira vez no dia 2 de julho em seu apartamento na 153 2nd St, em Framingham. Toda a ação foi gravada em vídeo e correu em segredo, disseram as autoridades. USCIS pode eliminar entrevista em processo de Green Card por casamento De posse dos documentos falsos, os informantes passaram para os investigadores que verificaram que os documentos eram mesmo falsificados e estavam com as fotos e dados dos informantes. Para um segundo encontro, os informantes entraram em contato com De Moura no dia 28 de julho, novamente através do WhatsApp e disseram que queriam comprar mais identificações falsas. Ele concordou em fazer mais pelo mesmo preço de US $ 350, segundo os registros federais. Ele os fez e entregou aos informantes. Venda do software Alguns dias depois, em 31 de julho, Ribeiro De Moura disse aos informantes que poderia também vender o software que ele usa para fazer a falsificação dos documentos por US $ 2.500, de acordo com os registros federais. Ele ainda explicou que precisariam de um laptop modelo mais antigo com o Windows 7 e prometeu mostrar a eles como criar os documentos, forneceu amostras de papel e mostrou que tipo de impressora é necessária para imprimi-los, segundo registros. Em agosto, os informantes se encontraram com o brasileiro já de posse do material necessário. Eles receberam informações de como criar os documentos falsos. Ribeiro De Moura baixou o software e instruiu os informantes de que precisavam para comprar um laminador e um papel específico da Staples. Ele ensinou com detalhes até como eles deveriam cortar o papel. EUA estudam limitar green card para imigrantes que usam benefícios Alguns dias depois, Ribeiro De Moura entregou o laptop pronto para ser usado e recebeu US $ 2.500, disseram os investigadores. Todas as interações foram registradas. De Moura foi levado ao tribunal federal em Boston e permanece sob custódia federal. Ainda não há audiência marcada, segundo dados do tribunal.