Brasileiro pode pegar até 20 anos de prisão por interferir em voo nos EUA

Por Arlaine Castro

[caption id="attachment_169303" align="alignleft" width="326"] Foto: US. Immigration and Customs Enforcement.[/caption] Um brasileiro foi acusado no tribunal federal de Iowa na última quinta-feira, 28, e pode pegar anos de prisão por intimidar uma tripulação e obrigar a um desvio da rota original de um voo que seguia do Canadá para Chicago, segundo comunicado da agência de imigração - U.S. Immigration and Customs Enforcement’s (ICE). Segundo o ICE, Guilherme Alves De Melo, 33 anos, é acusado de intimidar um tripulante e diminuir ou interferir em sua capacidade de desempenhar suas funções durante um voo no dia 23 de junho, violando a lei federal. A acusação está contida em uma queixa federal apresentada em 26 de junho de 2018, no Tribunal Distrital dos EUA em Cedar Rapids. A denúncia alega que Alves era passageiro em um voo internacional que saiu de Calgary, no Canadá, com destino a Chicago, Illinois. Durante o voo, Alves teria se alterado e foi informado por um membro da tripulação de voo que ele precisava se acalmar. Cerca de uma hora antes do voo chegar a Chicago, a acusação alega que Alves voltou a perturbar e assustar os outros passageiros. Menos de um minuto depois, Alves teria "perdido a cabeça" e precisou ser contido por alguns passageiros que o prenderam com alguns “zíperes” fornecidos pela tripulação de voo. Como resultado desse incidente, o voo foi desviado para o Aeroporto de Iowa, em Cedar Rapids, depois de ter começado a descida final para Chicago. Depois que a aeronave pousou, a polícia de Cedar Rapids removeu Alves do avião, no entanto, o brasileiro voltou a ficar alterado, xingando palavrões às autoridades e à vista e ao som de outros passageiros e funcionários no aeroporto. Alves foi acusado pela polícia local de conduta desordeira por essas ações. Em 24 de junho de 2018, ele se declarou culpado e pagou uma multa de US $ 100 no Tribunal Distrital do Condado de Linnm. Se for condenado pela acusação federal, Alves terá uma sentença máxima de 20 anos de prisão, uma multa de US $ 250.000 e cinco anos de liberdade vigiada após qualquer prisão. Alves compareceu ao tribunal federal no dia 28 de junho e retorna para audiência preliminar nesta segunda-feira, 2 de julho. Ele será mantido preso sem fiança até a audiência de detenção. Esta acusação resultou de uma investigação realizada pela agência de imigração Homeland Security Investigations (HSI) que faz parte da U.S. Immigration and Customs Enforcement’s (ICE) e está sendo processado pelo Advogado Assistente dos EUA Richard L. Murphy, Distrito Norte de Iowa.